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Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dizem que a equipe econômica não aprendeu com o que o presidente tinha visto como erro há apenas duas semanas, quando o ministro Paulo Guedes levou um “carrinho de Bolsonaro” ao propor o corte do abono salarial para financiar o Renda Brasil.
Na ocasião, o presidente já havia se posicionado com a lógica de que “não tiraria do pobre para dar ao paupérrimo”. A “nova política” de Bolsonaro já estava valendo, com as negociações com o Congresso sobrepostas à Economia. A avaliação, hoje, é que parte da equipe econômica pareceu não ter entendido o recado.
Para além do fim do Renda Brasil, a fala do presidente explicita as desavenças no governo. Integrantes do Ministério da Economia estão jogando no voluntarismo do secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, o principal problema que levou à ameaça de “cartão vermelho” do presidente.
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Depois das propostas que foram ventiladas na imprensa no fim de semana, todos haviam sido avisados, na segunda-feira (14), que a orientação era a de não tomar a dianteira, e deixar a polêmica com o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Pacto Federativo.
Paulo Guedes acabou se vendo levado mais uma vez ao centro das discussões mesmo depois disso. Direcionar o “cartão vermelho” ao secretário de Fazenda é considerado no ministério um prêmio muito grande ao grupo que antagoniza com Guedes no governo. Mas sua situação no ministério é considerada “muito difícil”.
Isso porque assumir o desgaste não é decisão simples, porque reforçaria a marca que o presidente vem colando no ministério – de que a pasta é a responsável pelas propostas combatidas – e deixaria o próprio ministro mais exposto às críticas.
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