Abaixo a barbárie corporativa!

Um grande problema em momentos de crise são chefes que se descontrolam emocionalmente. Fazem reuniões longuíssimas e desnecessárias, tornam-se prolixos e, nos casos mais graves, gritam com as pessoas, usam palavrões e são muito desrespeitosos. Isso causa constrangimento, tristeza, frustração e desconexão dos funcionários com a companhia. Além de fazê-la correr sérios riscos jurídicos, pois pode vir a ser processada por assédio moral.

Silvio Celestino

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Um grande problema em momentos de crise são chefes que se descontrolam emocionalmente. Fazem reuniões longuíssimas e desnecessárias, tornam-se prolixos e, nos casos mais graves, gritam com as pessoas, usam palavrões e são muito desrespeitosos. Isso causa constrangimento, tristeza, frustração e desconexão dos funcionários com a companhia. Além de fazê-la correr sérios riscos jurídicos, pois pode vir a ser processada por assédio moral.

Esse comportamento acontece pela baixa inteligência emocional do gestor, revelada principalmente em momentos de pressão. Também pode ser causada por sua imaturidade.

Por esse motivo, o líder deve preocupar-se em amadurecer e ser consciente, principalmente nos duros momentos em que é testado. Afinal, rara é a pessoa que amadurece com uma vida na qual tudo lhe é favorável.

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O líder deve compreender que a natureza de empresas, mercados e países é passar por ciclos formados por fases de expansão e contração. Esses ciclos são longos. Por isso, muitos gerentes provavelmente estão enfrentando uma contração econômica pela primeira vez. Devido à magnitude da crise e à sua complexidade, também é única para alguns gestores mais antigos.

Para resolvê-la, o líder tem de ser capaz de raciocinar sobre os fatores que a causam, como: leis, mercados excessivamente controlados e fraudados, moedas que se desvalorizam ao redor do mundo e governos ineptos e incompetentes para tomar decisões corretas. E focar ações de curto prazo que possam estabilizar a empresa. Acima de tudo: vender!

Nada acontece em uma empresa, se ela não vender. Portanto, essa deveria ser a preocupação no curto e no longo prazo, nos momentos de expansão e de contração. E essa mentalidade de todos contribuírem com as vendas não se constrói da noite para o dia.

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Nenhum desses graves problemas são resolvidos por exortação, gritaria ou murros na mesa. É preciso inteligência, método, velocidade na tomada de decisão e nas ações. Também correções frequentes de rumo, cortes de custos e muita persistência.

Se a companhia sobreviver, mas o time estiver desgastado e com o moral baixo, funcionários importantes sairão assim que as condições permitirem. Ficarão somente os cínicos e os resignados, não os melhores.

Crises e líderes são passageiros, marcas e empresas são perenes.

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O gerente deve ser capaz de salvar a empresa em momentos de crise, mas sem perder as pessoas. Afinal, quando a tempestade passar, precisará delas, assim como de seu engajamento e entusiasmo, para voltar a crescer.

Vamos em frente!

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Silvio Celestino

É coach de gerentes, diretores e CEOs desde 2002. Também atende a executivos que desejam assumir esses cargos. Possui certificação e experiência internacional em coaching. Foi executivo sênior de empresas nacionais e multinacionais na área de Tecnologia da Informação. Empreendedor desde 1994.