Conhecer a história evita erros gerenciais no presente

Estive na Câmara Americana de Comércio no evento com Dave Ulrich, especialista em gestão de pessoas e, em dado momento, ele questionou a quantidade de energia que as pessoas gastam com o governo no Brasil. Segundo ele, as pessoas deveriam perder menos tempo com isso.

Silvio Celestino

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* Sílvio Celestino

Estive na Câmara Americana de Comércio no evento com Dave Ulrich, especialista em gestão de pessoas e, em dado momento, ele questionou a quantidade de energia que as pessoas gastam com o governo no Brasil. Segundo ele, as pessoas deveriam perder menos tempo com isso.
Entretanto, me parece que ele ignora que a crise que vivemos é fruto de escolhas políticas infelizes. Além disso, a carreira de cada indivíduo se desenvolve dentro de uma empresa, que está em um mercado, que é influenciado pela economia. E esta última depende da política. Portanto, interessar-se pela política é conhecer e influenciar o futuro da própria carreira.
No mesmo evento, surpreendeu-me que havia executivos que afirmaram que, até 2013, não sabiam que haveria uma crise em 2014. Como isso é possível? Afinal, a história, a ciência e os fatos mostram que nenhum país onde ideias comunistas foram implantadas deixou de passar por severas crises. Portanto, não apenas executivos, mas ninguém pode afirmar que não sabia que o Brasil passaria por uma crise.
Portanto, em sua carreira, quanto mais energia você dedicar a compreender a luta pelo poder, no Brasil e no mundo, a política e o momento histórico que vive, maiores suas chances de sucesso. Por mais competente e dedicado que seja, as decisões políticas equivocadas e criminosas são forças gravitacionais gigantescas que o puxarão para baixo.
O mínimo que se deve demandar de líderes executivos, empresariais e políticos, é que conheçam a história, interessem-se pela administração como ciência e usem o que funciona por motivos científicos, factuais e históricos. Está mais do que na hora de adotarmos, nas empresas e no Brasil, fundamentos mais sólidos na administração e na liderança. Afinal, carisma, eloquência e má índole já vimos que formam uma combinação poderosa e inebriante, mas destinada ao fracasso.
Vamos em frente!

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Silvio Celestino

É coach de gerentes, diretores e CEOs desde 2002. Também atende a executivos que desejam assumir esses cargos. Possui certificação e experiência internacional em coaching. Foi executivo sênior de empresas nacionais e multinacionais na área de Tecnologia da Informação. Empreendedor desde 1994.