As 7 perguntas que você deve fazer antes de comprar o material escolar em 2022

Neste ano, todas as categorias de material escolar sofreram reajuste – até o lápis subiu de preço. Mas há maneiras de gastar menos

Thiago Godoy

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Em todo ano que se inicia, a agenda se repete. Financeiramente falando, janeiro e fevereiro costumam ser os meses do ano que trazem uma avalanche de despesas.

É agora que você deve estar pagando o IPTU, o IPVA, seguros, entre outros. Se você tem filhos, some nessa lista a matrícula da escola, o uniforme e o material escolar.

E é justamente no material escolar que teremos uma das maiores altas dos últimos anos.

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A inflação e a alta do dólar impactaram diretamente o setor. Assim, os reajustes de materiais escolares chegam a alcançar entre 30% e 40% neste ano, dependendo da loja que você for. Toda a indústria e os importadores de materiais escolares atravessam um período de alta expressiva nos custos.

E não tem muito para onde escapar: neste ano, todas as categorias de materiais sofreram reajuste. As matérias-primas estão mais caras – até o lápis subiu de preço.

Mas há maneiras de gastar menos. Neste artigo, vou trazer as 7 perguntas que você deve fazer para gastar menos com material escolar.

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Antes de começar, é importante que você não faça isso sozinho(a). Traga a família inteira, incluindo as crianças, para a conversa. As perguntas são para todos.

1. Vamos pesquisar?

Essa pergunta é para a família inteira. Pesquisem! O reajuste foi geral, mas você vai encontrar preços muito diferentes entre as lojas. O mesmo produto pode custar até 5 vezes mais de uma loja para outra.

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2. Qual material é para quando?

Essa pergunta é para os professores da escola. Muitos dos materiais que aparecem na lista só serão usados no segundo ou terceiro bimestre do ano letivo. Pergunte aos professores quando eles pretendem usar quais materiais e se organize para ir comprando durante o ano. É normal que muitos lojistas abaixem os preços após a temporada de início de ano passar.

3. À vista tem desconto?

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Essa pergunta é para os lojistas. Se você tiver o dinheiro na conta, não fique parcelando os materiais em 12 vezes. Em vez disso, vá na loja, faça um orçamento e aborde a gerência da loja com uma proposta de pagamento à vista com desconto. Se a compra tiver um valor significativo, você pode conseguir um belo abatimento.

4. A união faz a força?

Essa vai para os pais dos coleguinhas da escola dos seus filhos. Agora é a hora de usar o grupo de WhatsApp dos pais e pensar grande, pois no atacado o desconto pode surpreender. Uma caixa com 60 caixinhas de lápis de cor pode custar menos de 10 vezes o valor da caixinha avulsa. Precisa fazer as contas de quanto você vai economizar?

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5. Bora trocar?

Outra para o seu grupo de pais no Zap. É só organizar uma “feira virtual” e trocar os livros usados dos seus filhos pelos de outras crianças. No fim, está todo mundo com o material que precisa.

6. Consigo reaproveitar dos anos anteriores?

Essa pergunta você faz para você mesmo(a). Olhe toda a lista e se certifique quais materiais você comprou em anos anteriores e ainda podem ser usados. Se você tem dois ou mais filhos, os mais novos certamente conseguem aproveitar os livros e outros materiais dos mais velhos.

7. Você vai estudar ou desfilar?

Essa vai para os seus filhos. Pois eles não precisam aparecer com a mochila mais descolada ou o estojo do momento. É só reparar na diferença de preço entre os cadernos com personagens populares para os cadernos “comuns”. Seus filhos não precisam ir para um desfile de moda, eles vão à escola para estudar.

É importante mostrar para os seus filhos que os materiais escolares estão mais caros neste ano e que o objetivo desses itens é justamente auxiliar no estudo e aprendizagem deles.

Uma última estratégia essencial que colabora significativamente com a educação financeira dos seus filhos é definir um orçamento total e desafiar eles a conseguirem juntos fechar todo o material naquele valor.

Quando você coloca esse tipo de desafio, você transforma a experiência de compra de material escolar em um processo interativo, com a participação dos pequenos, fazendo do processo algo leve e educativo.

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Thiago Godoy

É head de educação financeira da XP Inc. e especialista em psicologia do dinheiro e bem-estar financeiro. É mestre pela FGV – Tese em Educação Financeira, especialização em Sustentabilidade (University of British Columbia), tem MBA em Marketing (FGV) e graduação em administração (UFJF). Foi diretor de mobilização de recursos e relações governamentais da Associação de Educação Financeira do Brasil, atuando especialmente com populações de baixa renda e escolas públicas. Também atuou com desenvolvimento institucional na Dialogue Direct e Children International (EUA), Fundação Vida Plena (Bolívia), Projuventude e Comitê para Democratização de Informática (Brasil). Instagram: @papaifinanceiro