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SÃO PAULO – Embora o consenso do mercado seja de que os juros dos Estados Unidos sofrerão três altas até 2019, alguns gestores e analistas discordam desta ideia. É o caso de Mario Torós, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central (2007-2009), que acredita na possibilidade de até um quarto aumento nas taxas.
Torós é um dos fundadores da Ibiuna Investimentos, gestora com pouco mais de sete anos que possui R$ 6,4 bilhões em ativos sobre gestão. Com base na análise do mercado e em sua expertise no setor público, o gestor vê as altas como “ajustes saudáveis” à economia. “É um movimento ordenado de correção das taxas de juros do fim do afrouxamento monetário”, explica em entrevista ao programa Papo com Gestor desta semana. (Assista ao vídeo no player acima)
Para o executivo, a impressão é de que essa situação de alta dos juros americanos será mantida no mínimo pelos próximos seis meses, “principalmente porque a inflação americana anda muito baixa, ao passo de que a redução do desemprego não está significando um aumento dos salários”.
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“Como uma grande parte dos papéis, bônus americanos, estão nas mãos do próprio Federal Reserve – apesar de existirem compradores compulsórios de papel – então há uma pressão para botar a taxa de juros para baixo. A partir do segundo semestre do ano que vem, o Fed começa a reduzir mais aceleradamente o tamanho do seu balanço, ou seja, deixando vencer ou vendendo bônus do Tesouro Americano que tem no mercado”, explica. Confira a entrevista completa no vídeo acima.