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A Reforma da Previdência é um primeiro passo para aumentar a produtividade, mas precisa ser acompanhada de outras medidas que melhorem tanto a condição produtiva quanto de crescimento do País por outras vias, como a abertura comercial e a infraestrutura. Essa é a avaliação do secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles.
Em entrevista ao UM BRASIL, plataforma mantida pela FecomercioSP, o secretário ressaltou a importância dessas mudanças estruturais ao lembrar do posicionamento do Brasil no relatório Doing Business, ranking global do Banco Mundial que avalia as leis e as regulações que facilitam ou dificultam as atividades das empresas em mais de 100 países. Atualmente, o País ocupa a 109ª posição nessa lista. Meirelles acha que ainda é um resultado baixo e que há possibilidades de avanços.
Na entrevista, Meirelles – que já foi presidente do Banco Central e ministro da Fazenda – explica alguns dos entraves aos setores produtivos do País e quais os passos para que as falhas estruturais sejam corrigidas, de modo que seja possível atender a uma demanda forte, segundo ele, de investidores interessados em aplicar recursos no Brasil.
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“Em primeiro lugar, a Reforma da Previdência, que aumenta a produtividade e elimina o elevado risco fiscal do Brasil; outra parte importante é a abertura comercial, que por si só já aumenta a produtividade, porém, demanda um aumento de produtividade também por meio de outros fatores para que as empresas brasileiras consigam competir no mercado aberto. Portanto, tem de ser uma coisa conjunta e gradual”, destaca Meirelles.
Entre outros pontos, Meirelles ressalta que é muito importante rever a infraestrutura e a logística no Brasil, pois tudo relativo a isso – inclusive energia e transporte – é complicado e caro. “Existe uma oportunidade muito grande de investimento e de interesse nesse setor. Outra coisa importante é quanto às regras do jogo: a segurança jurídica. Precisamos ter regras claras, com leis claras, que não deem margem à interpretação”, comenta.
Ele afirma ainda que está sendo criado um grupo composto por Estados do Sul e Sudeste para dar andamento a medidas que tragam esse impacto na produtividade do Brasil e no ambiente de negócios. Uma dessas medidas é a Reforma Tributária. Segundo Meirelles, esses Estados, juntos, representam 70% da economia nacional e têm forte presença no Congresso, mas nunca se articularam de modo conjunto.