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Embora empresas de todos os portes possam contribuir para a formação de uma sociedade mais justa, inclusiva e ambientalmente sustentável, é ingênuo, ou até mesmo equivocado, pensar que os pequenos e médios negócios estejam tão preparados para tratar do assunto como as grandes corporações.
Na avaliação de Max Gehringer, escritor, administrador de empresas e referência em carreira e gestão empresarial, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) precisam ser ensinadas, e não cobradas, sobre os temas da pauta ESG.
Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Gehringer distingue os ambientes nos quais, de um lado, operam os pequenos e médios estabelecimentos e, do outro, as grandes companhias.
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“Existem dois mercados de trabalho no Brasil que são bem diferentes. O primeiro é o das micro, pequenas e médias empresas. Estes negócios empregam 92% da mão de obra nacional. E existem os outros 8%, que são as empresas que faturam uma enormidade e saem em revistas e sites”, diferencia.
“Contudo, usamos aquilo [o exemplo das grandes] como se todo mundo soubesse. Na verdade, 90% não sabem. A preocupação ecológica não é uma coisa que está clara para todo mundo”, salienta.
Além disso, o escritor ressalta que muitos pequenos empreendedores ainda necessitam de conhecimentos básicos sobre gestão empresarial. Segundo ele, programas de ensino tradicionais sobre empreendedorismo, que costumam tratar de temas como fluxo de caixa e redução de custos, poderiam incluir orientações a respeito da preservação do meio ambiente, propagando as ações de modo educativo.
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“Não é criticando. É ensinando”, defende o escritor.
De todo modo, Gehringer, também conhecido por colaborar com diversos veículos de comunicação em pautas sobre carreira e gestão empresarial, destaca que, em primeiro lugar, o empreendedor precisa assegurar a sobrevivência da própria empresa.
“Para mim, o primeiro que tem que se desenvolver e entender claramente como funciona o negócio é o dono”, afirma. “À medida que for crescendo, precisa contratar os melhores funcionários e investir neles. Mais ou menos nesta ordem. Acho que temos de ser ótimos samaritanos nesta vida, mas, primeiro, a sobrevivência da empresa”, argumenta.