Anfavea pede a Paulo Guedes redução de IOF para baratear financiamentos de carros no país; entenda

Com taxas que beiram os 30% ao ano, crédito 'praticamente sumiu' do mercado, aponta entidade das montadoras

Estadão Conteúdo

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Apontando não só aumento das taxas, mas também maior rigor dos bancos nos financiamentos de veículos, a direção da Anfavea, entidade que representa as montadoras, reforçou na reunião desta última quinta-feira (4), com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o pleito pela redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Durante apresentação dos resultados do mês passado à imprensa, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, disse que, com as taxas do financiamento de veículos aproximando-se de 30% ao ano, o crédito “praticamente sumiu” do mercado, dificultando a troca de carros e, consequentemente, a redução da poluição pela retirada das ruas dos veículos mais antigos. Dessa forma, defendeu, reduzir o IOF tornou-se uma necessidade urgente.

“O IOF é um pleito do setor, sempre apresentamos isso ao governo. O ministro não se comprometeu, mas certamente está analisando. Ontem [quinta-feira], durante o encontro que tivemos, ficou muito claro a importância e urgência da redução do IOF ao setor”, disse o presidente da Anfavea, que esteve com Guedes ao lado de diretores da associação das montadoras.

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A produção nacional de semicondutores, cujas medidas, segundo aguarda a Anfavea, podem ser anunciadas em breve, também esteve na pauta do encontro na tarde de quinta com o ministro.

Segundo Leite, o consumidor paga IOF em três estágios na aquisição de um automóvel. Primeiro, no faturamento da montadora para a concessionária, que também envolve uma operação financeira; depois, no financiamento do veículo; e, por fim, na contratação do seguro.

“O corte de IOF pode ser temporário ou definitivo, mas é importante ao setor”, disse o presidente da associação das montadoras.

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Ao apontar o declínio dos financiamentos de veículos, a Anfavea apresentou, nesta sexta-feira (5), números que mostram redução das vendas a prazo para 35% do total neste ano. No ano passado, elas chegaram a bater em 80%. “Isso é um alerta. Passamos essa informação ontem [quinta-feira] ao ministério da Economia”, afirmou Leite.

Conforme o executivo, além da maior seletividade bancária, com os bancos mais rigorosos, por exemplo, nos pedidos de garantia, o maior custo de crédito, dado o aumento de juros, é o principal motivo, mas a alíquota do IOF também “contribui bastante” ao menor volume de financiamentos.

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