Bard, rival do ChatGPT, é lançado pelo Google para 180 países; veja como funciona

Ferramenta lançada hoje em inglês também será, em breve, operada em português

Giovanna Sutto

(Shutterstock)
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O Google apresentou nesta quarta-feira (10), durante o Google I/O, conferência para programadores realizada em Mountain View (Califórnia), uma série de melhorias para o Bard Google, chatbot inteligente concorrente do ChatGPT.

Após um período de testes, a ferramenta foi liberada para uso em 180 países em inglês, recebeu melhorias de processamento e capacidade de interação com os usuários. E, em breve, será possível interagir com o chatbot em mais de 40 novos idiomas, incluindo o português, o japonês, o coreano, e o italiano, entre outras línguas.

“Lançamos o Bard como um experimento limitado e colhemos muitos feedbacks. Desde então, estamos trabalhando para fazer uma série de melhoras”, afirma Sissie Hsiao, vice-presidente do Google Assistant e Bard. Com a ampliação do serviço, o Google espera que mais usuários testem o chatbot e sigam ajudando nos ajustes necessários.

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Em seu Twitter, durante o evento, o Google publicou que a lista de espera acabou e que mais usuários terão acesso aos Bard.

Com o processador PALM 2, novo modelo de linguagem artificial também lançado nesta quarta, o Bard mostrou uma melhora significativa em suas capacidades de lógica e matemática. “Agora é possível gerar códigos, depurá-los e até ter explicações sobre eles a partir da interação com o Bard”, explicou a executiva. Essa versão atualizada do chabot é capaz de programar em mais de 20 linguagens, como C++, Java, Python e HTML, só para citar algumas.

Além disso, o Bard também poderá fazer rascunhos de e-mails e documentos integrados ao ecossistema Google. “Lançamos mais dois recursos de exportação de conteúdo no nosso ecossistema, que vão facilitar a integração entre G-mail e Google Docs com o Bard”, acrescentou Hsiao.

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Outra melhoria está relacionada às fotos. A executiva ressaltou que o chatbot vai ficar “mais visual”. “Será possível pedir recomendações de pontos turísticos em diversas cidades. O usuário vai conseguir ver as fotos do local desejado durante a interação com o Bard, além de acessar descrições das buscas”, explicou a executiva. Será possível também pedir para que o chatbot crie tabelas e, a partir disso, exportá-las direto para o Google Sheets, versão do Excel da empresa.

Uma extensão do Bard em parceria com o Adobe Firefly, nova família de modelos de IA generativa para criação nos produtos da Adobe, vai possibilitar que o usuário dê orientações e o Bard crie uma foto. Outros parceiros também estão inclusos no projeto como Spotify e Indeed — mas ainda  ainda sem detalhes dos serviços oferecidos.

Confira outros parceiros abaixo:

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“Estamos felizes com essa nova versão do Bard: com modelos de linguagem mais modernos, novas capacidade e maior alcance para que as pessoas colaborem ainda mais com o produto. Essa é a direção que queremos dar ao Bard: conectá-lo aos recursos do Google para que as pessoas possam fazer e criar qualquer coisa que imaginem”, ressaltou Hsiao.

Lançamento do Bard

O Bard foi lançado no início de fevereiro como uma espécie de resposta ao grande sucesso que o ChatGPT, da OpenAI, fez com usuários ao redor do mundo. A novidade do Google chegou semanas depois da Microsoft assumir a dianteira nos debates de inteligência artificial por meio de parcerias com o ChatGPT.

Em janeiro, a companhia fundada por Bill Gates tinha anunciado um investimento bilionário na OpenAI e informado que deveria integrar a tecnologia ao Bing, sua ferramenta de busca, e ao Microsoft Teams, sua plataforma de comunicação e videoconferência.

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Por isso, as equipes do Google correm para lançar as melhorias para o Bard, defendendo o território da empresa. Na época do lançamento, o executivo do Google já havia ressaltado que o Bard buscaria combinar “a amplitude do conhecimento mundial com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos grandes modelos de linguagem. É baseado em informações da web para fornecer respostas novas e de alta qualidade”, diferente do ChatGPT, que foi ‘alimentado’ com dados até 2021, o que reduz a qualidade de suas respostas, principalmente em relação a temas atuais.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.