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O Google apresentou nesta quarta-feira (10), durante o Google I/O, conferência para programadores realizada em Mountain View (Califórnia), uma série de melhorias para o Bard Google, chatbot inteligente concorrente do ChatGPT.
Após um período de testes, a ferramenta foi liberada para uso em 180 países em inglês, recebeu melhorias de processamento e capacidade de interação com os usuários. E, em breve, será possível interagir com o chatbot em mais de 40 novos idiomas, incluindo o português, o japonês, o coreano, e o italiano, entre outras línguas.
“Lançamos o Bard como um experimento limitado e colhemos muitos feedbacks. Desde então, estamos trabalhando para fazer uma série de melhoras”, afirma Sissie Hsiao, vice-presidente do Google Assistant e Bard. Com a ampliação do serviço, o Google espera que mais usuários testem o chatbot e sigam ajudando nos ajustes necessários.
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Em seu Twitter, durante o evento, o Google publicou que a lista de espera acabou e que mais usuários terão acesso aos Bard.
Today we’re removing the waitlist process and making Bard available in over 180 countries and territories, with more coming soon. 🎉#GoogleIO pic.twitter.com/m6HSzScs4P
— Google (@Google) May 10, 2023
Com o processador PALM 2, novo modelo de linguagem artificial também lançado nesta quarta, o Bard mostrou uma melhora significativa em suas capacidades de lógica e matemática. “Agora é possível gerar códigos, depurá-los e até ter explicações sobre eles a partir da interação com o Bard”, explicou a executiva. Essa versão atualizada do chabot é capaz de programar em mais de 20 linguagens, como C++, Java, Python e HTML, só para citar algumas.
Além disso, o Bard também poderá fazer rascunhos de e-mails e documentos integrados ao ecossistema Google. “Lançamos mais dois recursos de exportação de conteúdo no nosso ecossistema, que vão facilitar a integração entre G-mail e Google Docs com o Bard”, acrescentou Hsiao.
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Outra melhoria está relacionada às fotos. A executiva ressaltou que o chatbot vai ficar “mais visual”. “Será possível pedir recomendações de pontos turísticos em diversas cidades. O usuário vai conseguir ver as fotos do local desejado durante a interação com o Bard, além de acessar descrições das buscas”, explicou a executiva. Será possível também pedir para que o chatbot crie tabelas e, a partir disso, exportá-las direto para o Google Sheets, versão do Excel da empresa.
Uma extensão do Bard em parceria com o Adobe Firefly, nova família de modelos de IA generativa para criação nos produtos da Adobe, vai possibilitar que o usuário dê orientações e o Bard crie uma foto. Outros parceiros também estão inclusos no projeto como Spotify e Indeed — mas ainda ainda sem detalhes dos serviços oferecidos.
Confira outros parceiros abaixo:
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Soon we’ll launch extensions in Bard, tapping into services from Google and across the web to help you get more done and spark your creative explorations. These extensions will be enabled in a secure and private way. #GoogleIO pic.twitter.com/FmSs9OElPg
— Google (@Google) May 10, 2023
“Estamos felizes com essa nova versão do Bard: com modelos de linguagem mais modernos, novas capacidade e maior alcance para que as pessoas colaborem ainda mais com o produto. Essa é a direção que queremos dar ao Bard: conectá-lo aos recursos do Google para que as pessoas possam fazer e criar qualquer coisa que imaginem”, ressaltou Hsiao.
Lançamento do Bard
O Bard foi lançado no início de fevereiro como uma espécie de resposta ao grande sucesso que o ChatGPT, da OpenAI, fez com usuários ao redor do mundo. A novidade do Google chegou semanas depois da Microsoft assumir a dianteira nos debates de inteligência artificial por meio de parcerias com o ChatGPT.
Em janeiro, a companhia fundada por Bill Gates tinha anunciado um investimento bilionário na OpenAI e informado que deveria integrar a tecnologia ao Bing, sua ferramenta de busca, e ao Microsoft Teams, sua plataforma de comunicação e videoconferência.
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Por isso, as equipes do Google correm para lançar as melhorias para o Bard, defendendo o território da empresa. Na época do lançamento, o executivo do Google já havia ressaltado que o Bard buscaria combinar “a amplitude do conhecimento mundial com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos grandes modelos de linguagem. É baseado em informações da web para fornecer respostas novas e de alta qualidade”, diferente do ChatGPT, que foi ‘alimentado’ com dados até 2021, o que reduz a qualidade de suas respostas, principalmente em relação a temas atuais.