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SÃO PAULO – A base governista na Câmara dos Deputados pretende votar, ainda nesta semana, o projeto sobre a revisão do Tratado de Itaipu, que eleva o preço da energia elétrica paga pelo Brasil ao excedente cedido pelo Paraguai.
No entanto, para obter sucesso na aprovação, os parlamentares precisam conseguir 50% dos votos mais 1 com, no mínimo, 257 parlamentares presentes à sessão. Segundo informações da Agência Brasil, o objetivo da liderança governista é garantir 350 deputados em plenário para assegurar o quórum e os votos. Uma vez aprovado na Câmara, o acordo segue para o Senado, onde será repetido o trâmite.
Atualmente, o Brasil paga US$ 120 milhões pela energia elétrica excedente gerada pelo país vizinho na Usina de Itaipu. Porém, o Paraguai quer elevar esse valor para US$ 360 milhões.
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São despendidos US$ 43,8 dólares pelo megawatt-hora da usina somados a US$ 3,17 pela cessão da energia que o Paraguai não utiliza. Caso o acordo sobre o aumento seja concretizado, o valor da taxa de cessão será de US$ 9,51.
Consumidor
O acordo suscitou fortes questionamentos entre a base aliada e a oposição, que projeta prejuízos para o bolso do consumidor, ponto do qual discorda o presidente da hidrelétrica binacional, Jorge Miguel Samek.
De acordo com ele, o acréscimo de US$ 240 milhões de dólares ainda não quita os valores que eram repassados ao vizinho em 2003, porém, fortalece a imagem do Brasil no cenário externo.
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No final do mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Assunção, no Paraguai, para se reunir com o presidente paraguaio, Fernando Lugo. Durante a visita, os mandatários ratificaram o acordo de revisão do Tratado de Itaipu.
A hidrelétrica, criada em 1973, é responsável pelo abastecimento de energia de 20% do território brasileiro.
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