Bassar faz recall de produtos após suspeita de ração contaminada que matou dezenas de pets

Estimativa é que cerca de 40 cachorros, de vários estados, morreram por suspeita de envenenamento com etilenoglicol

Equipe InfoMoney

Cachorros
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A Bassar Pet Food anunciou recall de todos os seus produtos com o recolhimento de todos os itens da marca das gôndolas do comércio. Em seu site, a empresa solicita que os clientes entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido.

A Bassar Pet Food já vinha recolhendo as suas linhas do varejo nacional e havia interrompido sua produção na semana passada. A decisão ocorre após as mortes de dezenas de cães que teriam ingerido petiscos fabricados pela marca.

Exames preliminares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontaram indícios de que o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela Bassar Pet Food de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol.

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Ofício do Mapa, divulgado na terça-feira (6), alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido esta matéria-prima desse fornecedor para que retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado.

“A Bassar Pet Food é a maior interessada no esclarecimento dos fatos, apoia as investigações do Mapa e das autoridades policiais e está colaborando com as investigações para a elucidação do caso”, disse, por nota, a empresa.

Os animais com suspeita de intoxicação sofreram convulsões, vômito — em alguns casos com presença de sangue —, diarreia e prostração. A estimativa é que cerca de 40 cachorros, de vários estados, morreram por suspeita de envenenamento.

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O Procon-SP notificou a Bassar Indústria e Comércio após as mortes dos animais que teriam ingerido petiscos fabricados pela marca. A companhia deverá apresentar esclarecimentos, com juntada de documentos, até a próxima terça-feira (13) ao órgão de defesa do consumidor paulista.

Contaminação

As investigações apontam que a substância encontrada nas rações é a mesma do caso da cervejaria Backer, que causou a morte de 10 pessoas e a intoxicação de outras 19 entre 2019 e 2020. Trata-se do monoetilenoglicol, também conhecido como etilenoglicol.

No fim da semana passada, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu fechar a fábrica de petiscos depois de inspecionarem a unidade da empresa em Guarulhos (SP). Determinou ainda o recolhimento nacional de todos os lotes de petiscos da marca, sob a suspeita de contaminação por substâncias tóxicas.

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Em nota publicada em seu site, a Bassar Pet Food informa que interrompeu a produção de sua fábrica desde a semana passada até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa diz ainda que contratou uma empresa de perícia para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e maquinários em sua fábrica, e de todas as matérias-primas que compõem o produto final.

“De modo preventivo, a companhia está retendo em território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos sejam apresentados.”

Empresas homônimas

Em nota, a Bassar Frigorífico, detentora da Marca Registrada Bassar, empresa de mais de 60 anos no Brasil, afirmou está sendo diretamente prejudicada pela situação que envolve a Bassar Pet Food. “Não temos nenhum vínculo com a empresa de Pet, dessa forma, esclarecemos ainda que há utilização indevida nosso nome”, registrou em nota à imprensa.

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