Cobrança de bagagem ainda não está definida por aéreas

A Anac informou que as passagens compradas até o dia 29 de abril seguirão as regras anteriores, especialmente a de franquia de bagagem, mesmo que o voo ocorra após essa data

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – As companhias aéreas ainda não anunciaram as datas em que começarão a cobrar pelas bagagens despachadas. A aplicação das novas regras, incluindo a retirada da franquia mínima de bagagem, foi autorizada na última sexta-feira (28).

 As companhias informaram que ainda estão avaliando a situação e que não há definição de quando a medida passará a valer.

 A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que as passagens compradas até o dia 29 de abril seguirão as regras anteriores, especialmente a de franquia de bagagem, mesmo que o voo ocorra após essa data.

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 A Gol informou que, por enquanto, nada muda e que vai “reavaliar internamente” a situação. Assim que houver uma decisão comunicará os seus clientes. Segundo a Latam, a companhia “segue a legislação do setor” e que não há ainda informação de quando colocará em prática a cobrança pelo despacho extra.

 A Avianca informou que seguirá a mesma decisão, desde quando a nova regra passaria a vigorar, em 14 de março, de não cobrar por despacho de bagagens. A empresa disse, ainda, que vai “estudar essa questão mais profundamente durante os próximos meses, a fim de criar produtos tarifários customizados para melhor atender às necessidades dos diferentes perfis de clientes”.

 De acordo com a Azul, a companhia seguirá o posicionamento da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), mas ainda não há definição de quando iniciará a cobrança por bagagem extra.

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 Em nota, a associação disse que “atualmente, o custo pelo transporte de bagagem é diluído nos preços dos bilhetes de todos os passageiros, independente se ele viaja apenas com bagagem de mão ou se despacha mais de uma mala”. Com a mudança nas regras, “será estabelecida uma justiça tarifária, as companhias poderão fazer promoções e diferenciar suas tarifas”, segundo a Abear.

Para o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), o fim da franquia não é vantajoso para o consumidor. Segundo a a advogada do Idec Claudia Almeida, “além da pesquisa de preço que o consumidor já fazia, ele vai ter que verificar como é o procedimento para despachar as bagagens, porque cada empresa pode fazer do jeito que quiser. Ele ainda vai ter que programar quanto vai levar de bagagem na ida e na volta, para pesquisar se aquela companhia aérea está ofertando uma franquia que seja boa para ele”. 

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