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Cooperativas de crédito podem reduzir spread bancário, diz Lula

Isso seria possível porque essas entidades não visam ao lucro, são isentas do compulsório e arcam com menores custos operacionais

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As cooperativas de crédito podem ser uma das alternativas para reduzir o spread bancário*, segundo declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (25).

Como essas empresas, que já somam 1.400 em todo o País, não visam ao lucro, acabam isentas do compulsório e, por isso, podem praticar um spread menor que o mercado e garantir a remuneração justa do capital do cooperado.

Baixos custos operacionais

Além disso, os custos operacionais para as cooperativas são menores, já que sua estrutura é mais modesta que a dos bancos, e estão livres de alguns tributos que incidem sobre a maioria das instituições financeiras, como Imposto de Renda e contribuições sociais.

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O conjunto desses fatores acabam reduzindo o custo do empréstimo para os cerca de 2,8 milhões de cooperados espalhados pelo Brasil, permitindo operações com taxas entre 1,5% a 3%.

Segundo Alexandre Euzébio Silva, superintendente do Sicoob Central Cecresp (Central das Cooperativas de Crédito do Estado de São Paulo), quando há sobra no final do exercício, o valor é devolvido ao cooperado, o que não acontece nos bancos.

“Os bancos brasileiros conseguem captar recursos no exterior a taxas mais baixas ou no próprio mercado com remuneração muito menor do que o empréstimo”, lembra Silva. “Mesmo assim, aplicam uma margem muito alta nos empréstimos, o que em parte explica os lucros abusivos”.

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Isenção de tarifas

Segundo o gerente da Crediçúcar (Cooperativa de Crédito Mútuo de Santa Cruz das Palmeiras), Umberto Marcomini, praticamente todos os cooperados se beneficiam dos spreads mais baixos da instituição porque há isenção total de tarifas. Ele garante que todos que aplicam recursos na cooperativa recebem 105% do CDI, sem discriminação de valor.

* Spread serve para pagar juros ao capital (pelo menos, 12,5% ao ano) e cobrir despesas da instituição financeira.

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