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SÃO PAULO – A desigualdade de renda no Brasil se assemelha ao que acontece ao redor do mundo, segundo aponta análise em andamento no CPS/FGV (Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas).
“Os mais pobres do Brasil são tão pobres quanto os mais pobres da Índia; e os mais ricos brasileiros não são menos ricos do que os mais ricos americanos. O Brasil está em todas as partes e ainda tem muita desigualdade”, disse, conforme publicado pela Agência Brasil, o economista e chefe do CPS/FGV, Marcelo Neri.
Diminuição
Ainda conforme análise do Centro, a renda dos 50% mais pobres no Brasil cresceu quase seis vezes ou 580% mais rápido do que a renda dos 10% mais ricos na década passada.
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A ascensão desse extrato da população, a chamada nova classe média, explica em parte o crescimento econômico recente, diz Neri, já que a economia cresce à medida que a desigualdade acumulada diminui. “Boa parte dessa ascensão da classe média vem da recuperação de atrasos históricos que ainda estão presentes, mas estão passando”.
Ainda assim, observa, a diminuição da desigualdade de renda na última década no Brasil também se assemelha ao movimento verificado no conjunto dos países, sendo que a tendência é que a disparidade na renda continue diminuindo.
“Aqui no Brasil, a desigualdade cai porque a renda cresce no Nordeste; e cresce mais entre analfabetos, negros, moradores de favelas, campesinos e trabalhadores da construção. No mundo? A desigualdade cai porque a China e a Índia estão crescendo muito (…) Se fizermos o dever de casa com a educação, vai ser possível o Brasil continuar dando salto”, finaliza.
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