Intenção de comprar a prazo cresce mais do que à vista no primeiro semestre

Segundo ACSP, houve aumento de 7,3% nas consultas feitas ao SCPC, na comparação com primeiro semestre de 2007

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A intenção dos consumidores em comprar a prazo, medida pelas consultas feitas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), aumentou 7,3% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, revela levantamento divulgado nesta terça-feira (1) pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

Considerando as consultas feitas ao SCPC Cheque, que mostram a intenção dos consumidores em comprar à vista, percebe-se alta de 6,6% no mesmo período.

Ainda segundo o levantamento, houve um aumento de 14,1% no número de registros recebidos no cadastro de inadimplentes do SCPC no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2007. Já a quantidade de cancelamentos de débitos elevou-se em 14,2% entre os períodos analisados, o que mostra estabilidade na inadimplência.

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Resultado mensal

Em relação ao mês de junho, as consultas ao SCPC e SCPC Cheque diminuíram, na comparação com maio deste ano, 1,2% e 0,1%, respectivamente.

Na comparação anual, por sua vez, houve alta de 7,7% nas consultas ao SCPC, mantendo o ritmo dos meses anteriores, e de 4,6% no SCPC Cheque, que mostrou desaceleração do crescimento. Segundo o presidente da ACSP, Alencar Burti, isso pode ser explicado pela retração das vendas de menor valor, em virtude do aumento dos preços dos alimentos.

“Quanto ao crediário, as promoções do comércio estão permitindo a manutenção do ritmo de vendas, embora com algum sacrifício de margem, apesar do aumento das taxas de juros”, disse Burti.

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Expectativas

De acordo com o presidente da ACSP, as vendas de maior valor devem diminuir o ritmo de crescimento nos próximos meses, quando há previsão de queda nos prazos dos financiamentos, fator que impacta diretamente no valor da prestação.

Burti disse ainda que a inflação preocupa os empresários, que esperam do governo medidas mais fortes de corte de gastos, “para que a desaceleração da inflação imponha menores custos aos consumidores”.

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