Meirelles crê em expansão do crédito e diz que cadastro positivo é necessário

Para presidente do BC, cadastro é meio eficaz de evitar problemas que acontecem quando há expansão do crédito

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O crédito vai voltar a crescer no Brasil, mas o País precisa do cadastro positivo para ter um sistema saudável. A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante apresentação no 5º Congresso Nacional de Crédito e Cobrança.

“Com a economia se recuperando da crise pela qual passamos, o País oferece muitas oportunidades para que o crédito cresça, para que haja mais recursos a serem emprestados e mais demanda. Porém é preciso que haja um crescimento saudável do crédito, com critérios definidos, para que sejam evitadas bolhas e outros problemas no futuro. E eu acredito que, dentro desse propósito, a implantação do cadastro positivo é muito necessário”, afirmou.

Meirelles disse ainda que grande parte dos problemas referentes ao crédito estão relacionados à sua expansão, e garantiu que o cadastro ampliará a qualidade da análise de concessão de crédito. “Teremos um sistema mais criterioso e isso, obviamente, reduzirá a inadimplência. Porém é muito importante que o bom pagador autorize que seu histórico seja dado a outras instituições”.

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Fim da crise

Ainda durante a apresentação, o presidente do BC afirmou que o Brasil já saiu da crise. “O País perdeu 600 mil postos de trabalho nos meses de novembro, dezembro e janeiro, mas já recriou 1 milhão de empregos. Ou seja, o emprego encontra-se em forte recuperação e isso é um sinal claro do fim da crise”, disse Meirelles.

O economista completou dizendo que a elevação da massa salarial é outro indício do fim da crise. “A massa salarial também está crescendo. A elevação foi de 5,3% na comparação de junho de 2008 com o mesmo mês deste ano. Um país em crise não consegue aumentar o salário dos seus trabalhadores”.

Sobre a estabilidade alcançada pela economia nacional, Meirelles garantiu que ela ajudará na redução dos spreads bancários. “Muito se questionou sobre os custos de se estabilizar a economia do País. Era caro manter a inflação na meta, por exemplo. Hoje está claro que essa estabilidade trará muitos benefícios como redução da taxa de juros real e dos custos financeiros. Essa estabilidade pode gerar também a queda continua dos spreads nos próximos anos, e eles são grandes vilões do crédito ao consumidor”, finalizou.

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