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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou que as empresas áreas apresentem possibilidades reais e estudos técnicos que viabilizem a redução nos preços de passagens. O pedido foi feito à Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) durante reunião nesta terça-feira (4), para discutir sobre querosene de aviação, o QAV. Também participaram do encontro representantes das empresas que atuam no Brasil.
Durante a reunião, segundo nota do MME, o ministro se colocou à disposição para dialogar com as demais pastas e encontrar um modelo adequado para o preço do combustível. De acordo com Silveira, há um trabalho em parceria com os Ministérios do Turismo e de Portos e Aeroportos para a “democratização das passagens aéreas e o desenvolvimento do setor”.
“Há uma certa frustração de ver que a redução dos combustíveis não tem se refletido nos preços das passagens. Claro que sabemos que existem outros fatores que impactam, por isso precisamos fazer um esforço para que seja apresentada uma proposta do setor bastante objetiva, que dê uma clareza do que isso representa, para que façamos um esforço para a redução dos valores das passagens”, disse o ministro, em nota.
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O tema vem sendo discutido pelo governo e pelas empresas desde o início do ano em reuniões com representantes do MME e do Ministério do Turismo. As empresas pleiteiam a redução do preço do combustível, além da melhoria no ambiente de custos e maior previsibilidade.
Diálogo com Petrobras
No encontro, a Abear voltou a defender a continuidade do diálogo com a Petrobras sobre o preço do combustível, segundo a presidente da associação, Jurema Monteiro. “O que tem mais peso no preço é o próprio combustível, seja refinado ou importado. Por isso, precisamos seguir dialogando com quem produz: a Petrobras”, afirmou ao Broadcast. Com isso, outros gastos, incluindo tributos, logística e distribuição, e custos de aeroportos, têm um impacto menor.
Jurema destaca a alta de 140% no QAV entre 2020 e 2023 apesar dos cortes recentes nos preços de combustível. Atualmente, o querosene de aviação representa cerca de 40% dos custos das aéreas brasileiras, ante uma média de 20% nos Estados Unidos, por exemplo. “Temos trabalhado com essa comparação e o objetivo inicial é reduzir o preço – o quanto, ainda estamos estudando”.
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A expectativa da presidente da Abear é que, com o apoio do Ministério de Minas e Energia e de outras pastas, como Turismo e Portos e Aeroportos, os diálogos ganhem força. Em relação ao encontro desta terça, a representante Jurema diz que o ministro Alexandre Silveira reagiu bem, enquanto a “democratização da aviação é uma pauta do governo”.
Procuradas, a Latam e a Gol, que participaram da reunião, optaram por se pronunciar por meio da Abear. Já a Azul, que também esteve presente, afirmou que não iria se manifestar sobre o encontro.
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