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SÃO PAULO – Ao que parece, a crise hídrica não tende a ficar somente no Brasil: segundo relatório divulgado pelas Nações Unidas, o mundo terá 40% menos de água do que o necessário em 15 anos, caso as taxas de utilização continuem no ritmo atual.
“O forte crescimento de renda e crescimento dos padrões de vida de uma classe média emergente levaram a um forte aumento no uso de água que pode ser insustentável, especialmente onde a oferta é vulnerável ou escasso e onde seu uso, distribuição, preço, consumo e gestão são mal feitos ou regulados”, explica o relatório.
Fatores como o aumento do consumo de carne, construção de casas maiores, o maior número de carros e caminhões nas estradas e maior número de aparelhos que consomem energia influenciaram o aumento da demanda por água – todos fatores que fazem parte da vida da classe média.
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A crescente urbanização e crescimento da população também contribuem para o problema. Inclusive, o crescimento da demanda de água tende a crescer duas vezes mais do que a taxa de crescimento populacional (em 2050, a estimativa é que a população global alcance 9,1 bilhões, ante os atuais 7,2 bilhões).
“A situação já trouxe impactos negativos para as mais marginalizadas e vulneráveis pessoas; acelerou a degradação de ecossistemas; empobreceu recursos naturais; e desacelerou o progresso em direção ao desenvolvimento, redução da pobreza e atenuação de conflitos”, diz o relatório. Quanto maior o número de pessoas vivendo em cidades, mais se deforma as reservas de água. A estimativa da NU é de que 69% da população global, aproximadamente 6,3 bilhões de pessoas, estarão vivendo em áreas urbanas em 2050.
No Brasil, principalmente nas capitais do Sudeste, a situação hídrica tem problemática, já que o nível de reservatórios não apresenta crescimento significativo.
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