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SÃO PAULO, 16 Ago (Reuters) – Os consumidores que passaram a integrar a classe C nos últimos anos estão mais otimistas, têm a compra de um imóvel novo como sonho de consumo e consideram o preço como fator determinante no processo de compra, mostrou um estudo divulgado nesta quinta-feira pela consultoria GS&MD – Gouvêa de Souza.
“O consumidor da classe emergente tem mais dinheiro no bolso, aspirações claras de consumo, mas é ciente de suas limitações”, afirmou o sócio da GS&MD, Luiz Goes. Segundo ele, as classes B2 e C, ou emergentes, correspondem hoje a 70,5 por cento do total de domicílios na capital paulista.
De acordo com o levantamento, feito com 360 consumidores que migraram de classe social nos últimos cinco anos em São Paulo, o preço é o atributo fundamental na decisão de compra, apontado como principal fator por 91 por cento dos participantes, seguido por marca e formas de pagamento.
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Esses mesmos consumidores, conforme o estudo, também vêm investindo cada vez mais em produtos e serviços que não possuíam há dois anos como TV por assinatura, telefone celular pré-pago e Internet, tendo a própria casa como principal centro de lazer.
O sonho de consumo dessa nova classe, entretanto, é a aquisição de um imóvel novo, maior ou melhor localizado. Na sequência foram citados automóvel e educação.
“A situação financeira melhorou para sete a cada dez consumidores… É uma classe extremamente otimista”, disse Goes. Segundo a pesquisa, 73 por cento dos consumidores afirmaram que sua situação financeira melhorou nos últimos anos e 97 por cento acreditam que ela irá melhorar.
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Quanto aos canais de compra, as lojas físicas ainda predominam em relação aos demais, mas 26 por cento dos participantes afirmaram já terem realizado ao menos uma compra via Internet, sendo os eletroeletrônicos e móveis os principais produtos adquiridos nesse caso.
Com a migração de classes ganhando força mais recentemente, 87 por cento dos consumidores fizeram a primeira compra via Internet somente nos últimos dois anos.
Dentre os participantes do estudo, apenas 29 por cento afirmaram preferir realizar compras em shoppings na comparação com lojas de rua. “As pessoas ainda se sentem intimidadas a fazer compras em shopping centers”, assinalou Goes.
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