O que as empresas de Energia, como a Enel, terão de fazer para reduzir danos aos clientes nos temporais?

Gestão da poda de árvores, ampliação das equipes de reparo e eficiência no atendimento ao consumidor estão no pacote de medidas

Anna França

Apagão em SP (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Apagão em SP (Rovena Rosa/Agência Brasil)

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou uma série de ações para o enfrentamento de eventos climáticos severos previstos para o Verão, mas que, na Primavera, já têm causado danos às redes de distribuição de energia em diferentes regiões do país.

Uma das primeiras medidas do protocolo é o aprimoramento das ferramentas de detecção de eventos climáticos extremos a partir do cruzamento das bases de dados com alertas meteorológicos. Isso inclui sistemas de previsão internos das próprias distribuidoras, alertas emitidos pelas Defesas Civis Estaduais e Municipais, além de institutos e consultorias especializadas em meteorologia, a fim de definir o nível de severidade dos eventos climáticos previstos.

A partir da melhor detecção, a ação seguinte é instituir canal de comunicação direta com prefeituras, governos estaduais e suas respectivas Defesas Civis para a articulação de medidas necessárias que possam minimizar os impactos dos eventos climáticos, bem como comunicação do acompanhamento de seus efeitos e coordenação dos esforços de recomposição do serviço de energia elétrica.

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Gestão das árvores

Com relação ao manejo vegetal, as distribuidoras deverão coordenar ações com os entes públicos envolvidos para a correta gestão da arborização e o manejo vegetal em áreas com maior potencial de dano ao serviço de distribuição quando da ocorrência de eventos climáticos de elevada severidade.

As distribuidoras também irão atualizar seus planos de contingência adaptando as atividades de previsão, preparação e atuação em eventos climáticos com a severidade que se está vivenciando no início desse período úmido. Os planos devem definir:

Enel

Em São Paulo, a Enel informou após a tempestade de 3 de novembro, que deixou 2,1 milhões de consumidores sem energia, que vem intensificando as ações para enfrentamento de eventos climáticos severos. O plano emergencial inclui o reforço das equipes técnicas de prontidão mobilizadas para restabelecer a energia nos 24 municípios atendidos pela empresa. Para isso, manterá as cerca de 1,2 mil equipes, com aproximadamente três mil pessoas de prontidão para atender as ocorrências, uma forma de garantir agilidade nas ocorrências.

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Apesar de não detalhar seu plano de contingência, a distribuidora informou em nota que ampliou a capacidade do atendimento direto aos 8 milhões de clientes e recomenda que os consumidores baixem o aplicativo da empresa previamente e se cadastrem para comunicar interrupção de energia. Os clientes também podem informar falta de luz pelo site.

Foi adicionado ainda um canal via SMS também que servirá como alerta sobre a aproximação de fortes chuvas e vai permitir que os consumidores registrem falta de luz por mensagem, acessando o link direto do site da companhia. Tudo isso para evitar problemas causados pelo alto volume de chamadas no call center da empresa no último mês e oferecer vários canais para o consumidor registrar os eventos como exige a Aneel.

Isenção de cobrança

A Enel informou ao InfoMoney  que parte dos clientes afetados pelo apagão de novembro isenção da cobrança por três meses. O benefício, no entanto, será apenas para clientes de baixa renda cadastrados no benefício da tarifa social de energia elétrica que ficaram mais de 48 horas sem energia. O auxílio também será concedido aos consumidores que dependem de equipamentos elétricos para sobreviver, chamados de eletrodependentes, que também foram previamente cadastrados na distribuidora. A isenção já começa na conta de dezembro.

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Saiba como funciona o novo canal de SMS da Enel

Anna França

Jornalista especializada em economia e finanças. Foi editora de Negócios e Legislação no DCI, subeditora de indústria na Gazeta Mercantil e repórter de finanças e agronegócios na revista Dinheiro.