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Os preços dos carros novos e dos combustíveis recuaram em junho, segundo a prévia do índice oficial de inflação do país, o que puxou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para baixo.
Em meio aos subsídios do governo a carros de até R$ 120 mil, os preços dos veículos zero-quilômetro recuaram 0,83% no mês e “tiraram” 0,03 ponto percentual do IPCA-15 no mês, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (27).
Os preços dos combustíveis caíram ainda mais (-3,75%), impulsionados pelos cortes recentes da Petrobras (PETR3;PETR4). Houve deflação nos preços não só da gasolina (-3,40%), mas também do diesel (-8,29%), do etanol (-4,89%) e do gás veicular (-2,16%).
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Com isso, o IPCA-15 subiu apenas 0,04% no mês e desacelerou no acumulado em 12 meses (para uma alta de 3,40%). O índice foi puxado pela queda de 0,55% nos preços de transportes, que inclui os preços dos combustíveis e dos automóveis, e nos de alimentação e bebidas, que recuou 0,51%. Cada grupo contribuiu com uma redução de 0,11 ponto percentual no índice.
A deflação em transportes só não foi maior porque as passagens aéreas subiram 10,70% no mês, após queda de 17,26% em maio, e as tarifas de ônibus foram reajustadas em 33,33% em Belo Horizonte, o que elevou os preços da categoria ônibus urbano em 0,99%.
Já a queda dos preços em alimentação e bebidas (-0,51%) foi puxada pela alimentação no domicílio (-0,81%) e também pela desaceleração nos preços da alimentação fora de casa (alta de 0,29%, contra 0,73% em maio).
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O que subiu
Na outra ponta, a inflação foi de 0,96% no grupo habitação, puxada pela alta na taxa de água e esgoto em capitais como Curitiba, São Paulo, Recife e Belém (o que fez os preços da categoria subirem 3,64%) e da energia elétrica residencial em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Salvador (+1,45%). Já o preço do gás encanado recuou -0,33%, devido às reduções tarifárias em Curitiba e no Rio de Janeiro.
O grupo habitação foi o maior responsável pela alta do IPCA-15 em junho (sozinho, o grupo teve um impacto de 0,14 p.p. no indicador). Na sequência veio despesas pessoais (+0,05 p.p.) e e vestuário (+0,04 p.p.). Saúde e cuidados pessoais contribuiu com 0,02 pontos percentuais no mês.
As despesas pessoais subiram 0,52% no mês devido à alta de 6,19% nos jogos de azar (puxado pelo reajuste médio de 15% no preço das apostas), e os preços do grupo saúde e cuidados pessoais aumentaram 0,19%, influenciados pelo reajuste nos preços dos planos de saúde individuais autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no dia 13.