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(SÃO PAULO) – A SoftBank Group está prometendo novos serviços para seu robô Pepper que atrairão usuários entre as empresas e ajudarão a levar o humanoide às lojas e áreas de recepção.
A empresa está desenvolvendo um pacote de suporte ao cliente e um serviço que permite que as companhias gerenciem uma frota de Peppers, disse Fumihide Tomizawa, CEO da SoftBank Robotics, em entrevista em Tóquio, na segunda-feira. A operadora de telefonia celular japonesa e investidora em empresas da internet revelará mais detalhes do serviço no evento SoftBank World, nos dias 30 e 31 de julho, disse ele.
Quando o Pepper foi à venda para consumidores japoneses, em 20 de junho, as 1.000 unidades se esgotaram em um minuto. A SoftBank está mirando as empresas para aumentar a base instalada do robô, que segundo estimativa de Tomizawa teria de estar na casa das centenas de milhares para dar suporte a uma comunidade de desenvolvedores e a uma loja de aplicativos nos moldes da mantida pela Apple Inc.
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“Nós enxergamos o Pepper nas áreas de vendas das lojas, atrás dos balcões de recepção, nas configurações educacionais e de cuidados médicos”, disse Tomizawa. “Quem compra o que, em que circunstâncias — o Pepper poderia analisar dados de marketing para modificar seu discurso de venda”.
O Pepper já conquistou a Mizuho Financial Group Inc., que disse em março que usará o robô em alguns bancos a partir deste mês e que poderá estendê-lo a todas as agências do Japão. A Nestlé SA tem planos de introduzir o Pepper em 1.000 lojas do país até o fim do ano para ajudar nas vendas.
O robô custa 198.000 ienes (US$ 1.600) e vem com um plano de serviço mensal opcional de 14.800 ienes que dá aos usuários acesso ao recurso de reconhecimento de voz baseado em nuvem e a uma loja de aplicativos. A SoftBank está preparando um plano separado para usuários de empresas, disse Tomizawa.
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O Pepper de Son
Apresentando mais de 20 motores e braços altamente articulados, o Pepper pode transmitir uma linguagem corporal parecida com a humana. Seus ombros relaxam quando ele está em modo de espera, imitando sono. Mas ele não foi desenhado para tarefas subalternas. Em vez disso, o fundador da SoftBank, Masayoshi Son, está apostando que a aparência física amigável do robô impulsionará a adoção de serviços de nuvem e atrairá desenvolvedores de aplicativos.
Son está no comando direto do negócio com o robô e disse que ele é fundamental para sua visão sobre os próximos 30 anos da terceira maior operadora de telefonia celular do Japão. Son teve um papel ativo na criação do Pepper, estudando decisões, desde o uso de rodas em vez de pernas até os mínimos detalhes do design de seu corpo, segundo Tomizawa.
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Por essa atenção Tomizawa teve que lidar com solicitações de Son, que é o segundo homem mais rico do Japão, incluindo um telefonema às 4 da manhã pedindo que ele preparasse uma lista com as possíveis patentes até o meio-dia. Son disse que registrou pessoalmente diversas patentes relacionadas ao Pepper.
“Son sempre dá plena atenção a cada negócio com o qual se envolve, mas ainda mais quando se trata de robótica”, disse Tomizawa, que trabalha na SoftBank há 15 anos. “Ele leva isso realmente a sério”.
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