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São Paulo entrou para o ranking das 10 cidades mais caras do mundo e é a primeira da América Latina a atingir o feito. Os dados são do relatório Lifestyle Index, do grupo suíço de gestão de patrimônio Julius Baer, publicado nesta terça (20). A cidade brasileira ocupa a nona posição, na frente de Miami. Em 2022, SP estava no 12º lugar e em 2021, em 21º.
A primeira do ranking deste ano é Cingapura, que embora já figurasse na lista há alguns anos, subiu para o topo pela primeira vez, se consolidando como uma referência global para os mais ricos.
A cidade-estado, que estava na quinta posição em 2022, ultrapassou Xangai e Hong Kong, que estão em segundo e terceiro lugares, respectivamente, em 2023.
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O relatório de Julius Baer classifica as 25 cidades mais caras do mundo com a análise de propriedades de indivíduos de alto patrimônio líquido com ativos bancários de US$ 1 milhão ou mais entre fevereiro e março de 2023. Entram no relatório residências, carros, voos de classe executiva, educação, restaurantes com menu degustação e outros critérios de luxo.
A Ásia continua sendo a região mais cara pelo quarto ano consecutivo.
Outro destaque do relatório foi Nova York. A capital financeira dos Estados Unidos subiu para o quinto lugar neste ano, acima da 11ª posição em 2022, “devido ao fortalecimento do dólar e à recuperação da pandemia”, diz o relatório.
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Londres caiu do segundo para o quarto lugar. “O Brexit e sua ‘turbulência subsequente’ continuam a prejudicar a reputação do Reino Unido e a cidade agora enfrenta forte concorrência de centros financeiros em expansão, como Dubai e Cingapura”, na avaliação do grupo de gestão de patrimônio.
Dubai saltou para o top 10 pela primeira vez, tornando-se a sétima cidade mais cara, enquanto Zurique caiu para o 14º lugar. Segundo o relatório, houve uma realocação de um grande número de indivíduos ricos para a cidade dos Emirados Árabes, o que inflacionou os preços e a demanda por imóveis.
Pela primeira vez desde o início do relatório, Europa, Oriente Médio e África são as regiões mais acessíveis para se viver bem, especialmente com cidades europeias caindo no ranking.
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Veja os rankings dos últimos anos, com as cidades mais caras para se viver:
Cingapura
Cingapura foi um dos primeiros lugares na Ásia a reabrir suas fronteiras durante a pandemia e a atratividade para indivíduos com alto patrimônio se reflete no aumento dos preços que os cidadãos locais enfrentam agora. Até o final de 2022, Cingapura contava com cerca de 1.500 family offices no território, o dobro do número do ano anterior, segundo dados do relatório.
“O alto padrão de vida e as crescentes demandas de infraestrutura local significam que a vida na região não sai barata”, diz o relatório. “Os imóveis residenciais têm uma demanda extremamente alta, carros têm impostos punitivos e planos de saúde são 133% e 109% mais caros do que a média global, respectivamente.”
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São Paulo
O centro financeiro do Brasil figura no estudo como uma das cidade mais cara, especialmente nas categorias de bens importados como relógios, bolsas femininas, ternos masculinos, entre outras.
“Isso ocorre em parte porque a carga tributária geral no Brasil é extremamente alto em comparação com outros países apresentados, embora reformas para reduzir isso e promover a progressividade e crescimento econômico de longo prazo estão sendo discutidas. O preço médio em moeda local de nossa cesta geral experimentou uma das maiores subidas de todas as cidades, de 18,4%”, diz o relatório.
(Com Bloomberg)
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