Sem batata frita: unidades do McDonald’s ficam desabastecidas após bloqueios nas estradas do país

Algumas unidades do McDonald’s ao redor do país ainda estão com seus abastecimentos de produtos prejudicados devido aos bloqueios de rodovias federais promovidos por manifestantes bolsonaristas na última semana.

Por meio de nota enviada ao InfoMoney, a rede de fast-food afirmou que o bloqueio atrapalhou o abastecimento no comércio em geral, incluindo todo o setor de alimentação. “No caso do McDonald’s, registramos a falta de alguns ingredientes ou mesmo produtos do cardápio em alguns restaurantes da rede”.

A empresa não informou quais unidades, nem quais estados foram afetados pela situação, mas reforçou que está “normalizando o atendimento a fim de não gerar [mais] transtornos aos consumidores”.

No Twitter, os clientes relataram os problemas enfrentados com a rede.

“E os caminhoneiros em greve que fizeram o McDonald’s em que eu trabalho ficar sem vários ingredientes. Hoje eu fiz basicamente só três hambúrgueres diferentes o dia todo”, afirmou um funcionário na rede social. “McDonald’s está sem batata e vários outros ingredientes por causa da paralisação dos caminhoneiros”, comentou uma internauta.

“McDonald’s estava sem alguns ingredientes por causa dos bloqueios nas rodovias. Pedi um BigMac e ele veio pão, hambúrguer e alface!. Sinceramente…”, contou outra usuário.

Eduardo Silva, bancário, afirma que foi em uma lanchonete do McDonald’s em São Carlos, no interior de São Paulo, no último fim de semana, e as batatas fritas estavam em falta.

“Tinha um aviso geral no painel eletrônico de pedidos informando que a batata estava indisponível. Não explicava que era por causa dos bloqueios e nem perguntei. Saí e fui para um outro restaurante ao lado”, disse.

No iFood, unidades como a da Rua Augusta, em São Paulo, têm a mensagem de falta de produtos. Veja:

Além disso, no próprio site principal do McDonald’s há o aviso sobre a falta de suprimentos e aparece a mensagem:

(Reprodução/iFood)

Os bloqueios nas rodovias começaram assim que o resultado do segundo das eleições presidenciais foi anunciado, na noite de 30 de outubro. Os manifestantes bolsonaristas contestaram a vitória obtida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), por 50,90% a 49,10%.

Setores como o de logística, transportes, frigoríficos e alimentício foram impactados com as interdições que atingiram as estradas em mais de 20 estados do país. O movimento perdeu força, na semana passada, após o Ministério da Justiça aplicar mais de 900 multas, além do reforço da Polícia Federal e da Força Nacional na desmobilização dos atos.