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SÃO PAULO – O cadastro positivo pode permitir que o número de usuários de planos pós-pagos de celulares dobre. Esta é a opinião da Serasa Experian, que divulgou nesta segunda-feira (22) um estudo sobre o impacto da implantação sistema que lista o comportamento dos consumidores ‘bons pagadores’.
O último levantamento da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aponta que, em janeiro, 17,4% dos celulares ativos no País são pós-pagos – totalizando 30,5 milhões de linhas.
Para a Serasa, o Brasil tem esse resultado abaixo da média mundial (que é de 40%) porque boa parte dos consumidores obteve reprovação de crédito pelas companhias, pois as operadoras ainda não têm informações suficientes para avaliar, com precisão, a capacidade de endividamento e pagamento desses consumidores.
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Dobro de pós-pagos
“A regulamentação do cadastro positivo promoveria uma reacomodação deste cenário e o sistema pós-pago ficaria com 61,1 milhões de usuários, um ganho de 101,3%”, estima o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro. “É um crescimento que nenhuma ação de marketing sozinha alcançaria”.
O cadastro positivo é uma metodologia para conceder crédito na qual são analisados o histórico de endividamento do consumidor e a forma como ele paga as dívidas contraídas com bancos, empresas do comércio e de serviços (luz, água, telefone, gás).
Ainda de acordo com a Serasa, as operadoras de telefonia celular no Brasil poderão baratear a oferta de celulares à população de baixa renda à medida em que terão mecanismos seguros para ampliarem qualitativamente a sua base de clientes. O acesso à banda larga também tende a ser popularizado.
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“Para efetivar este vínculo entre esta parcela da sociedade e os benefícios de telecom, a ponte é o Cadastro Positivo, que define segurança e bons resultados para os negócios e inclusão digital para os brasileiros”, afirmou Loureiro.
Críticas ao projeto
O cadastro positivo tem sido alvo de críticas pelos órgãos de defesa do consumidor, que apontam falhas no projeto que está em análise pelo Congresso Nacional. Entre os problemas, está o risco à privacidade das pessoas, além das incertezas quanto à forma com que as instituições usarão os dados e armazenarão as informações.
Por fim, há dúvidas quanto à possibilidade de o consumidor optar por entrar e sair do banco de dados e, se os que saírem, podem não conseguir obter financiamentos, mesmo que estejam com as dívidas em dia.
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