Tarifas de ônibus de regiões metropolitanas de São Paulo têm aumento; veja linhas afetadas

Aumento que varia entre R$ 0,05 e R$ 0,30 e foi provocado pelo reajuste nos pedágios anunciado dezembro

Equipe InfoMoney

(Rovena Rosa/Agência Brasil)
(Rovena Rosa/Agência Brasil)

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Tarifas de ônibus intermunicipais que passam por rodovias e que são gerenciados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) tiveram um aumento que varia entre R$ 0,05 e R$ 0,30 e foi provocado pelo reajuste nos pedágios anunciado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) em 16 de dezembro.

O reajuste começou a valer neste último sábado (21) e vai acontecer em menos de 9% das 860 linhas gerenciadas e fiscalizadas pela EMTU/SP na Grande São Paulo, Campinas, Vale do Paraíba/Litoral Norte e Sorocaba. Os serviços que terão alteração nessas quatro regiões metropolitanas são aqueles que passam por pedágios, tendo esse fator na composição da tarifa da linha.

Na região metropolitana de São Paulo, o aumento vai afetar 29 linhas de ônibus dos Consórcios Anhanguera e Unileste. Na região metropolitana de Campinas, 27 linhas do Consórcio Bus+ foram afetadas. Na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o aumento foi provocado em seis linhas da empresa Pássaro Marrom. E na região metropolitana de Sorocaba, 13 linhas do Expresso Amarelinho, Rápido Luxo e VB sofreram reajuste.

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O objetivo do reajuste é ressarcir as empresas concessionárias dessa despesa sobre a operação e o custo do pedágio é acrescido nos valores das passagens das linhas metropolitanas, conforme o artigo nº 32, parágrafo 4º do decreto estadual nº 24.675/86. Segundo a EMTU, o cálculo é feito pela divisão do valor pago na praça de pedágio pelo número médio de passageiros por viagem.

Os passageiros estão sendo informados sobre as linhas que terão reajuste por meio de avisos afixados nos ônibus, mídias sociais e pelo site emtu.sp.gov.br. Os novos valores das tarifas das linhas com reajuste na parcela do pedágio estão disponíveis no site da EMTU/SP.

Aumento dos pedágios

O reajuste nos pedágios foi confirmado em dezembro, contrariando a promessa do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). O preço dos pedágios subiram até 11,73% nas rodovias estaduais privatizadas. O reajuste nas tarifas, que começou a valer em 16 de dezembro, foi autorizado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e publicado nesta quarta-feira (14) no Diário Oficial do Estado.

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A alta depende do indexador do contrato de concessão: 10,72% nos atrelados ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e 11,73% nos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O reajuste considera a inflação acumulada entre junho de 2021 e maio de 2022 e deveria ter ocorrido em 1º de julho, mas foi “congelado” por Garcia — que, na época, concorria à reeleição. Mas o governador não passou nem para o 2º turno e ficou atrás do governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Fernando Haddad (PT).

Garcia e o governo de São Paulo fizeram questão de destacar diversas vezes que as tarifas não seriam reajustadas em 2022, mas a promessa não foi cumprida. Como justificativa, a Secretaria de Comunicação do governo paulista afirmou que o reajuste não poderia ser mais adiado para que a próxima gestão não levasse custos assumidos pelo governo do PSDB.

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