Varejo em SP acumula prejuízo de R$ 16 bilhões durante quarentena, diz Fecomercio

Entidade pede à Prefeitura de São Paulo que suspenda a obrigatoriedade das empresas realizarem testes de Covid-19 nos funcionários

Pablo Santana

Atividade turística foi um dos destaques dos serviços no semestre em São Paulo (Alexandre Schneider/Getty Images)
Atividade turística foi um dos destaques dos serviços no semestre em São Paulo (Alexandre Schneider/Getty Images)

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SÃO PAULO – Desde o início das medidas restritivas, que fecharam boa parte do comércio na cidade de São Paulo, o setor de varejo já perdeu quase R$ 16 bilhões – o que significa 6% de todo faturamento esperado para 2020.

Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que calcula um prejuízo diário de cerca de R$ 220 milhões, em média, durante os 72 dias de fechamento do comércio na capital.

A cidade de São Paulo foi enquadrada na zona laranja (fase 2), que permite a abertura em horários reduzidos e com 20% da capacidade de imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio de rua e shoppings centers.

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O plano de retomada da economia no estado foi dividido em cinco fases e segue critérios baseados em indicadores como: número de leitos de UTI exclusivos para Covid disponíveis para cada 100 mil habitantes, média da taxa de ocupação de leitos dos últimos sete dias e a evolução da epidemia.

A reabertura regionalizada priorizou setores com maior vulnerabilidade econômica e empregatícia e dividiu o estado em cinco zonas de risco. As zonas foram definidas por ordem decrescente de gravidade e as prefeituras terão autonomia para flexibilizar as atividades dos setores estabelecidos em cada fase.

Uma das diretrizes impostas pela prefeitura de São Paulo é que os empresários façam testes para Covid-19 em seus funcionários antes de reabrir o comércio. No entanto, a FecomercioSP enviou um ofício questionando a adoção da medida, alegando que o “empresariado já passa por uma crise sem precedentes e tem dificuldade de manter os negócios, principalmente no momento da retomada”.

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O documento enviado pede que o teste do quadro de funcionários seja recomendável, e não obrigatório.

A entidade também encaminhou à prefeitura de São Paulo uma série de propostas que seguem as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para reabertura do comércio, que incluem: o uso de equipamentos de proteção; disponibilização de álcool em gel e cartilha com as diretrizes sanitárias; funcionamento do transporte público em horário alternado para evitar aglomerações; separação de lixo com potencial risco de contaminação; e restrições aos serviços de valet nos estacionamentos.

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Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios