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SÃO PAULO – O Brasil vive um momento favorável para conversão dos veículos para o uso do GNV (Gás Natural Veicular), acredita o engenheiro e coordenador do Comitê de GNV do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Bicombustíveis), Rosalino Fernandes. Segundo ele, com o barril de petróleo chegando a US$ 125 e as perspectivas de problemas geopolíticos no Oriente Médio, o preço da gasolina na bombas pode subir mais ainda.
Segundo o especialista, outro motivo para a adesão ao GNV é o preço do etanol, que seria uma possível alternativa à elevação da gasolina, mas que também não deverá baixar. “O mercado de açúcar continuará demandador, incentivando as usinas a exportarem o produto, o que pressiona o preço do etanol internamente”, explicou Fernandes.
Segundo a Agência Brasil, para atender a demanda, o engenheiro explica que o País tem de se preparar para a entrada de grandes volumes de gás natural, com a exploração do pré-sal e dos demais campos petrolíferos. “Existe a perspectiva de crescimento no mercado, com uma grande disponibilidade do pré-sal. Isso abre espaço para o gás complementar nossa matriz energética e de nos protegermos das oscilações do preço do petróleo”, explicou Fernandes.
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Gastos com a conversão
Os gastos com a conversão para o gás natural podem ser pagos em até 18 meses e, além de custar menos que a gasolina e o álcool, o uso de GNV garante desconto no IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) em estados como o Rio de Janeiro.
Fernandes ressalta que o uso do GNV é tão seguro quanto o de outros combustíveis, mas avisa que, para isso, é preciso atentar para duas condições básicas. Uma delas é fazer a instalação do kit gás em um local credenciado e efetuar a manutenção anual no sistema do veículo. A outra é trocar o cilindro, sempre que chegar ao fim de sua vida útil, que é calculada em até dez anos.
Uso do GNV no Brasil
No Brasil 1,7 milhão de veículos utilizam o gás natural; em 2009, eram 1,5 milhão. Entre os estados, destaca-se o Rio de Janeiro, que possui 789 mil veículos convertidos, e São Paulo, com 385 mil veículos circulando com o GNV.
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No País existem 1.729 postos que oferecem o combustível, dos quais 537 estão no Rio de janeiro, 406 em São Paulo, 132 em Santa Catarina e 70 na Bahia.
Segundo Fernandes, a reduzida rede de postos que oferecem o combustível dificulta a expansão do uso do GNV.
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