Vendas de veículos crescem em dezembro, e setor tem melhor mês em 2 anos

'Aarrancada' no último mês do ano fez com que o setor conseguisse praticamente repetir desempenho de 2021; vendas no 1º semestre haviam caído 14,5%

Estadão Conteúdo

Consumidores em concessionária de veículos (Crédito: Inezio Machado)
Consumidores em concessionária de veículos (Crédito: Inezio Machado)

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As vendas de veículos cresceram no fim de 2022, e a indústria teve o melhor mês em vendas dos últimos dois anos. Com a “arrancada” no último mês do ano, o setor conseguiu praticamente repetir as vendas de 2021.

Foram vendidos 216,9 mil veículos em dezembro, o melhor mês dezembro de 2020 (quando 244 mil veículos foram licenciados no Brasil), uma alta de 6,3% na comparação com novembro e de 4,3% com dezembro de 2021.

Com isso, 2022 acabou com 2,1 milhões de veículos 0 km vendidos, uma leve queda de 0,7% na comparação com 2021 (quando foram emplacadas 2,12 milhões de unidades). A conta inclui carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

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Os dados ainda não são oficiais e foram obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo com fontes da indústria, por isso estão sujeitos a pequenos ajustes antes de serem divulgados até o fim desta semana pela Fenabrave (representante das concessionárias) e pela Anfavea (representante das montadoras).

Queda no 1º semestre, alta no 2º

O mercado automobilístico terminou o primeiro semestre com queda de 14,5% nas vendas, devido à crise no abastecimento da indústria (principalmente de semicondutores), mas conseguiu se recuperar no segundo, com uma melhora na oferta de automóveis que possibilitou a reação nas vendas nos últimos meses.

As paradas de produção nas fábricas, causadas pela escassez global de componentes eletrônicos, tornaram-se menos constantes em meio à desaceleração das economias desenvolvidas — o que aliviou a demanda por peças. Houve também uma normalização do transporte marítimo, depois do caos logístico provocado pelo fechamento do porto de Xangai por 2 meses.

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Com isso, as montadoras conseguiram atender melhor os clientes, principalmente os pedidos das locadoras (que formaram longas filas de espera durante o período de maior aperto na oferta). O volume destinado às empresa ajudou a compensar os efeitos nas vendas do varejo, que desaceleraram devido à alta do juros e ao crédito mais restrito.

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