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SÃO PAULO – Em uma tentativa de controlar o turismo em massa no feriado prolongado de 1º de maio, a cidade de Veneza, na Itália, instalou cancelas em pontos turísticos para “segregar” os turistas dos locais, entre outras medidas que os afastam dos pontos mais visitados da cidade.
Prefeito da cidade, Luigi Burgnaro afirma que o objetivo da medida é desestimular os turistas que não se hospedam em Veneza e vão à cidade apenas para passar o dia.
“Queremos deixar claro para toda a Itália que as pessoas que escolhem vir para Veneza são sempre convidados importantes para nós. O que estamos desaconselhando é chegar em momentos considerados críticos […] para serem melhor recebidos pela cidade”, disse. Essa é a primeira vez que Veneza tenta regular o fluxo de pessoas.
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As cancelas foram instaladas neste sábado (28) em três pontos da cidade: duas na Praça de Roma, uma antes da ponte de Calatrava e outras duas diante da Igreja dos Descalços. Quando o fluxo de turistas for grande demais, o acesso a eles será fechado para visitantes. Para locais, a circulação não será afetada.
Na manhã do domingo, entretanto, uma das cancelas já não estava mais onde havia sido instalada. Segundo jornais locais, cerca de 30 jovens manifestantes a arrancaram e protestavam com cartazes. “Veneza não é uma reserva, não corremos risco de extinção”, diziam.
Ainda que essa seja a primeira medida pública da cidade para controlar o turismo em massa, a prefeitura vem trabalhando nisso há tempos em resposta à ameaça da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) de tirar Veneza da lista das cidades patrimônio da humanidade – que se baseia em “problemas” que a cidade tem enfrentado com o crescimento do turismo.
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