Publicidade
A região da América Latina e Caribe alcançou em setembro, pela primeira vez, o nível de passageiros do período anterior à pandemia, inclusive superando o patamar do mesmo mês de 2019 em 1,2%. Os números foram antecipados ao Estadão/Broadcast pela Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta). De acordo com a entidade, a região foi a primeira do mundo a alcançar esse resultado no transporte aéreo.
Em termos de recuperação, a América do Norte registra 96% em relação a setembro de 2019, África e Oriente Médio estão com 93%, figurando por último o Sudeste Asiático, com 75% do nível do ano que antecedeu o surto de covid-19. Apesar de estar na região com o melhor índice, o Brasil ainda não registrou recuperação plena.
Diretor executivo e CEO da Alta, José Ricardo Botelho atribuiu o desempenho a alguns fatores. Um deles foi o convencimento de autoridades dos países para abrir seus mercados aéreos à medida que existia um entendimento maior sobre o comportamento da covid-19.
Continua depois da publicidade
A crescente demanda por viagens de turismo com a redução de casos da doença também é apontada como uma vantagem da região, que é fortemente dependente do transporte aéreo para viagens de longa distância. O Brasil e países vizinhos não contam com um transporte ferroviário de passageiros robusto, por exemplo.
Para Botelho, a região poderia ter alcançado resultados ainda melhores se não fossem problemas estruturais e conjunturais, como o processo inflacionário que acontece mundialmente. No Brasil, o nível de passageiros ainda não alcançou os números do período anterior à pandemia. Em relação ao mercado doméstico, a recuperação chegou a 89% em setembro, segundo a Alta.
Outros países da região demonstram desempenho parecido, como Argentina (88%) e Chile (86%). Já a Colômbia ultrapassou em 14% os níveis de 2019.