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Um dia depois de pedir à população, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que tome banho frio como forma de economizar energia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo federal enfrenta a crise hídrica “com planejamento, seriedade e transparência”.
A declaração foi feita em vídeo gravado para um painel de evento virtual da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre transição energética, que não constava da agenda oficial do chefe do Executivo.
Ontem, Bolsonaro também pediu à população o uso de escadas, a redução da potência do ar condicionado e, mais uma vez, o desligamento de ao menos um ponto de luz como forma de reduzir os impactos da crise que ameaça o pleno abastecimento nacional de eletricidade.
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Em meio às ameaças de apagões, Bolsonaro declarou ainda, durante o painel, que tem trabalho para garantir acesso a energia limpa e sustentável a todos brasileiros. “Brasil já é líder em prover acesso a eletricidade com praticamente 99% da população contemplada. Agora, estamos agora avançando para 100% com o programa mais luz para Amazônia”, disse o chefe do Planalto.
Apesar de ter sua política ambiental criticada internacionalmente, sobretudo em razão do desmatamento da Amazônia, Bolsonaro afirmou também que o Brasil é um exemplo para o mundo em transição energética e tem, “de longe”, a matriz energética mais limpa do planeta. “Nosso país tem longa experiência na promoção de soluções energéticas sustentáveis, a começar pela bioenergia, em que somos referência mundial”, disse o presidente.
“Na transição energética global, para qual temos dado contribuição significativa como País, não há receita única. .. É um processo que inclui fontes como bioenergia, hidreletricidade, nuclear, solar e eólica, além de fontes de mais baixo carbono como gás natural. Inclui, também, digitalização de sistemas, eficiência energética ou novas tecnologias, como o hidrogênio, que vem se consolidando rapidamente no Brasil”, acrescentou. “O Brasil está posicionado para produzir hidrogênio de forma competitiva e com escala, para suprir nossas próprias necessidades e exportar a outros mercados”.
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Por fim, o presidente declarou nesta sexta que está comprometido com a descarbonização dos transportes e com ampliar a geração de energia para as necessidades de desenvolvimento nacional. “Assumimos o compromisso de reduzir voluntariamente 620 milhões de toneladas de emissões de carbono em 10 anos, considerando apenas o setor de combustíveis de transportes. Cumpriremos essa meta”, destacou. “No Brasil, sabemos que a transição energética é possível, sabemos também tratar-se de enorme oportunidade”, afirmou.
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