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A Argentina se prepara para um dia de fortes protestos nas ruas, uma vez que os chamados “piqueteros” agendaram para essa quinta-feira (24) vários bloqueios de avenidas importantes em acessos críticos à capital Buenos Aires. A manifestação organizada pela “Frente de Luta Piquetero”, um grupo formado por trabalhadores desempregados e suas famílias, tem como motivação a permanente crise econômica do país e a queda nas ajudas assistenciais pelo governo nos últimos meses.
As exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) para renovar um acordo de ajuda financeira ao país também entraram na pauta da manifestação. Segundo o site Infobae, a pauta também inclui a elevação do salário-mínimo
O grupo, liderado pelo “Polo Obrero”, pretende começar os bloqueios durante a manhã até o meio da tarde e promete resistir a qualquer tentativa de desmobilização. Eles têm reclamado especialmente da da falta de alimentos e outros itens nas cozinhas comunitárias localizadas em bairros pobres.
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O protesto já havia sido decidido antes Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (PASO) e teria ocorrido na última sexta-feira, mas foi adiada devido às chuvas e inundações que atingiram o subúrbio de Bueno s Aires e a província de La Plata. Funcionários do Ministério do Desenvolvimento Social tentaram negociar para um novo adiamento, mas não conseguiram.
Segundo o movimento, haverá bloqueios na Autopista Oeste, nas pontes Pueyrredón e La Noria, Rota 3 e General Paz, Puente Saavedra, Rota 2 na altura do Mar del Plata, além da Rodovia Buenos Aires-La Plata, e outros piquetes no interior do país, como na ponte que liga a cidade de Cipolletti a Neuquén e a Rota 22, em Río Negro.
Ontem à noite, durante entrevista coletiva realizada em Washington, nos EUA, o ministro da Economia e candidato à presidência, Sergio Massa, anunciou compensações financeiras aos comerciantes que sofreram com saques e depredações nos últimos dias na região metropolitana de Buenos Aires e em algumas cidades do interior.
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Além disso, ao regressar dos Estados Unidos, o ministro deverá anunciar um pacote de medidas destinadas a impulsionar o consumo e compensar parcialmente a subida dos preços após a desvalorização cambial exigida pelo FMI.