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Javier Milei, o economista candidato de direita à presidência da Argentina, da coalização “La Libertad Avança” lidera as últimas pesquisas de intenção de votos, segundo informou o jornal Clarín. Ele ainda não conquista uma maioria de 40% das preferências que evitaria uma vitória já no primeiro turno, em 22 de outubro, mas tem boa vantagem sobre o ministro da Economia, Sergio Massa, da coligação “Unión por La Patria”, e sobre a pleiteante de centro-direita Patricia Bullrich, da coligação “Juntos por El Cambio”.
Por enquanto, o mercado cambial argentino se acomodou, após a forte volatilidade da semana passada. A cotação o “dólar blue”, a principal do mercado paralelo e a mais utilizada pela população, está em 720 pesos por unidade, após chegar perto de 800 na semana passada.
Pela pesquisa da CB Consultoria de Opinião Pública divulgada em 17 de agosto, Milei está com 32,3% das intenções, ante 28,1% de Massa e 25,3% de Bullrich. Já pela DC Consultores, Mieli tem 34%, Bullrich está com 24,7% e Massa figura em terceiro lugar, com 23,1%. Essa enquete aponta que há 15% de indecisos.
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Pelo levantamento do Observatório de Psicologia Social Aplicada (OPSA), que só considerou as pessoas que disseram ter votado nas prévias do PASO, Milei é favorito, com 38,5% das intenções de votos, Massa tem 32,3% e Bullrich está com 23,7%. Uma outra consultoria citada pelo Clarín, que pediu para seu nome não ser divulgado, mostrou Milei também com vantagem folgada (38,6%), seguido por Massa (31,9%) e com Bullrich mais afastada (19,6%).
Enquanto segue a campanha, os candidatos tentam mostrar que estão preparados para comandar um país com inflação de mais de 100% em 12 meses, escassez de reservas cambiais e com extremas dificuldades em cumprir exigências de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Massa, por exemplo, está em Washington nesta terça-feira (22), negociando para receber o desembolso US$ 7,5 bilhões prometido para amanhã, após uma longa negociação fechada no início do mês e que trouxe novas exigências, como uma desvalorização de mais de 20% na moeda argentina, medida adotada na semana passada, logo após as prévias que colocaram Milei como favorito.
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O ministro tem negociado com os setores produtivos e com varejistas de vários segmentos para evitar que seja feito um repasse total dessa desvalorização para os preços dos artigos mais essenciais. Na viagem aos Estados Unidos, ele também vai tentar junto a organizações como o BID e o Banco Mundial levantar fundos para obras públicas, informou o jornal Ambito Financiero.
Já Milei, tem tentado mostrar um lado mais negociador e conciliador, mesmo após entrevistas em que reforçou sua intenção de realizar uma dolarização plena da economia argentina, abandonando o peso, e retirar do Banco Central a prerrogativa da política monetária.
Ele fez uma reunião por vídeo com o FMI na semana passada e se prepara para apresentar seu programa de governo para os maiores empresários do país na conferência do Conselho das Américas na próxima quinta-feira (24).
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Já Bullrich está tentando atrair os 30% de argentinos aptos a votar que não foram às urnas nas prévias, cerca de 11 milhões de eleitores. Para isso, ela tem intensificado sua campanha junto aos candidatos da coligação que estão nas disputas regionais em províncias como Buenos Aires, Santa Fe, Mendoza, San Juan e Jujuy.