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Depois do planejamento e do desenvolvimento de ações de apoio às comunidades, há uma etapa importante no trabalho das organizações da sociedade civil de avaliação dos resultados alcançados, uma reflexão que serve para aperfeiçoar os programas e que também pode ajudar na captação de recursos e na atração de mais parceiros.
Mas como medir o impacto social? Essa pergunta norteou o episódio n° 42 do podcast Aqui Se Faz, Aqui Se Doa, que ouviu dicas da gerente de projetos do IDIS (Instituto para o Desenvolvimento Social Estratégico) Raquel Altemani, que atua com foco na área de Monitoramento e Avaliação de Programas Sociais.
Segundo ela, a busca por essa mensuração não é uma tarefa que se restringe a grandes instituições com condição de implementar estudos longos e caros. Pequenas organizações, sem estruturas complexas, também devem dar seus primeiros passos nesse sentido dentro das suas realidades.
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“O que a gente costuma defender aqui no IDIS é que toda a organização deveria ter um olhar atento para o monitoramento e avaliação. A maneira que você vai escolher para fazer isso, a complexidade, a duração do estudo e a sofisticação técnica têm que ser escolhidas a partir da sua disponibilidade e a partir do que faz sentido para o seu programa. Não existe uma única forma de avaliar”, disse Raquel ao podcast produzido pelo Instituto MOL e pelo Movimento Bem Maior, com o apoio de divulgação do InfoMoney.
Um dos conselhos feitos às pequenas instituições é o de olhar para os indicadores internos que elas já possuem e de tentar organizá-los. Nessa linha, é possível mirar em informações que ainda não são recolhidas, mas que podem ser úteis, sem precisar fazer grandes investimentos.
Ela estimulou que, antes de pensar em um método de pesquisa, as entidades elaborem perguntas sobre os próprios programas como estas: o que é possível afirmar, com certeza, sobre o impacto social gerado? O que é sabido por percepção sem nenhuma métrica para embasamento? Quais são as hipóteses a serem comprovadas?
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“Pense nas principais perguntas estratégicas que você tem para o seu programa e o que te leva um pouco mais perto da resposta. Essa entrada no universo da avaliação pode acontecer pouco a pouco, não tem que começar com um estudo supercompleto ou sofisticado, pode ir dando passos nessa direção, encontrando respostas que podem ser muito valiosas para a sua tomada de decisão e, aos poucos, ganhando familiaridade com as ferramentas que te permitem fazer esse tipo de pesquisa”, disse Raquel.
O Aqui Se Faz, Aqui Se Doa também trouxe o depoimento de Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura, organização social responsável pela gestão do projeto de educação musical Guri na Grande São Paulo e na capital.
Ele afirmou que a sua organização costumava fazer pesquisas de satisfação, mas chegou o momento de uma avaliação de impacto ser feita para entender melhor a mudança provocada na vida dos beneficiados.
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“Como é importante a gente poder demonstrar de uma maneira objetiva aquilo que a gente faz. Isso deu uma tranquilidade muito grande, mapeou pontos muito fortes do nosso trabalho, outros pontos potencialmente favoráveis para um crescimento, pontos de atenção. Realmente, foi uma radiografia do programa muito profunda que nos deu a oportunidade de olhar para o nosso trabalho de uma maneira nova, diferente, e isso foi muito saudável e rico”, afirmou Zuben.