Confiança da Construção sobe 0,8 ponto em fevereiro, após quatro quedas, diz FGV/ibre

Alta foi influenciada exclusivamente pela melhora das perspectivas em relação aos próximos meses; Índice de Situação Atual recuou 1,7 ponto

Roberto de Lira

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O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,8 ponto em fevereiro, para 94,4 pontos, após quatro meses seguidos de queda. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,4 ponto. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) pela FGV/Ibre.

A alta foi influenciada exclusivamente pela melhora das perspectivas em relação aos próximos meses, uma vez que o Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 1,7 ponto, para 93,4 pontos, menor nível de maio de 2022 (92,5 pontos).

A queda do ISA-CST se deve à piora na percepção dos empresários sobre o indicador que mede o volume de carteira de contratos, que caiu 1,7 ponto, para 95,3 pontos, e o do indicador que mede a situação atual dos negócios, que  recuou 1,5 ponto, para 91,7 pontos.

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Enquanto isso, o Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 3,4 pontos, para 95,6 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (103,2 pontos).

Essa alta se deu em decorrência da melhora do indicador de demanda prevista , que subiu 4,0 pontos, para 97,4 pontos, e do indicador de tendência dos negócios, que avançou 2,5 pontos, para 93,7 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção recuou 1,2 ponto percentual, para 77,7%. O Nuci da mão de obra caiu 1,4 p.p., para 79,0%, enquanto o Nuci de máquina equipamentos ficou estável (+0,1 p.p.), para 71,9%.

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Para Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV/Ibre, pelo terceiro mês consecutivo, o revés na carteira de contratos afetou a percepção sobre a situação atual das empresas, indicando um arrefecimento do crescimento dos negócios.

“De fato, o Indicador de Evolução Recente da Atividade, que atingiu um pico em novembro do ano passado, caiu para baixo do nível de neutralidade desde janeiro. O que enseja o questionamento se o atual ciclo de crescimento teria se esgotado”, questiona em nota.

Por outro lado, ela destaca que, depois de quatro quedas consecutivas, as expectativas voltaram a melhorar, impulsionadas pela perspectiva de melhora da demanda nos próximos meses.

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“Ou seja, o pessimismo que contaminou o setor desde outubro diminuiu significativamente em fevereiro, liderado pelo segmento de Edificações, que reagiu de forma positiva ao anúncio de retomada do Programa Minha Casa Minha Vida”, comenta.