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O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,6 ponto na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, após cinco meses de avanços, para 97,4 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (30). Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 1,5 ponto.
Segundo avaliação de Rodolpho Tobler, economista do FGV/Ibre, o resultado do mês pode ser enxergado como uma acomodação, influenciado pela insatisfação dos empresários sobre o momento atual, o que está relacionado diretamente a uma redução da demanda, sugerindo uma desaceleração da tendência de crescimento que o setor vinha apresentando desde março.
Conforme Tobler, por mais que o ambiente macroeconômico tenha dado sinais mais favoráveis recentemente, o ano de 2023 ainda deve ser desafiador, e era esperado que a recuperação do setor perdesse um pouco da sua força, apesar de sua resiliência. “A manutenção desse cenário depende da continuidade de notícias positivas no campo econômico”, disse em nota.
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Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 1,0 ponto, para 98,5 pontos. O resultado foi puxado pelos dois componentes: o volume de demanda atual caiu 0,9 ponto, para 98,7 pontos, e a situação atual dos negócios diminuiu 1,0 ponto, para 98,3 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-S) teve redução de 0,3 ponto, para 96,3 pontos. Houve influência das perspectivas mais pessimistas sobre a demanda nos próximos três meses, com queda de 1,8 ponto, para 96,8 pontos. Por outro lado, as expectativas se mantêm mais favoráveis para a tendência dos negócios nos próximos seis meses, que subiu 1,3 ponto, para 95,8 pontos.
A FGV ressaltou as seguidas altas na confiança do setor observadas no indicador em médias móveis trimestrais. Segundo a entidade, o resultado positivo tem sido disseminado entre todas as atividades, “reforçando o cenário positivo de recuperação que o setor vem passando”. No trimestre móvel encerrado em agosto, a única atividade com perda foi a de serviços prestados para famílias, queda de 0,5 ponto, após resultados mais favoráveis.
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“A retomada do setor tem força pela sua disseminação dos últimos meses. Apesar da acomodação em agosto, a tendência ainda continua favorável”, completa Tobler.
A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.512 empresas entre os dias 1º e 28 do mês.