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O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,7 pontos na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023, na série com ajuste sazonal, para 89,5 pontos, informou nesta segunda-feira (30) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi o quarto mês seguido de queda, registrando perda de 9,5 pontos no acumulado do quarto trimestre.
Com isso, o ICS atingiu o menor nível desde fevereiro de 2022, quando ficou em 89,2 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 3,2 pontos.
Segundo nota da FGV, a confiança de serviços inicia 2023 mantendo tendência de desaceleração iniciada em outubro de 2022. A queda no mês foi influenciada principalmente pelo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses, mas também por uma menor satisfação com a situação atual gerada pela perda de fôlego da demanda.
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“O cenário para os próximos meses não parece ser facilmente revertido dado que as questões macroeconômicas envolvidas nessa desaceleração devem permanecer por algum tempo. A cautela dos empresários é percebida em suas projeções para o curto prazo com queda na demanda prevista, contratações e na tendência dos negócios para os próximos seis meses.”
Embora a queda na confiança de janeiro tenha sido marcada tanto pela piora na percepção sobre o desempenho presente dos negócios quanto pelas perspectivas para os próximos meses, a piora das expectativas pesou mais.
Expectativa e situação atual
O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 4,6 pontos, para 85,5 pontos, menor nível desde março de 2021, quando ficou em 81,3 pontos. Os dois componentes do IE-S também caíram: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses recuou 5,6 pontos, para 85,6 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou 3,7 pontos, para 85,5 pontos, menor patamar desde março de 2021, quando ficou em 84,3 pontos, informou a FGV.
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Já o Índice de Situação Atual (ISA-CST) cedeu 0,7 ponto, para 93,6 pontos, menor nível desde março de 2022, quando ficou em 90,9 pontos. “Contribuiu exclusivamente para esse resultado a piora do indicador situação atual dos negócios, cuja queda foi de 2,0 pontos, para 92,8 pontos, enquanto o indicador de volume de demanda atual acomodou após cair nos últimos três meses com uma variação de 0,5 ponto, para 94,3 pontos”, diz a nota da FGV.
Além disso, segundo a entidade, a queda combinada dos dois componentes do ICS aponta para uma desaceleração da atividade econômica do setor de serviços. “Os resultados negativos dos últimos meses sugerem um momento de desaceleração no setor de Serviços, puxados principalmente pela piora nas expectativas, mas também dos indicadores sobre o momento presente. Na métrica de médias móveis trimestrais, o IE-S vinha se mantendo acima do ISA-S desde o início da pandemia, mas nos últimos meses eles se cruzaram e agora o ISA-S que se mantém acima, mesmo que em trajetória negativa também”, diz a nota da FGV.
A Sondagem de Serviços de dezembro coletou informações de 1.520 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.