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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mudou um pouco o tom de suas declarações sobre a ausência de um cronograma formal de adesão de seu país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ontem, no primeiro dia da reunião de cúpula da aliança militar em Vilnius, na Lituânia, foi anunciado uma espécie de pacote de ações envolvendo assistência militar, a criação de um conselho específico sobre o tema e uma promessa ainda vaga de adesão no futuro. Mas sem datas ou maiores detalhes.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (12), Zelensky afirmou ser “compreensível” que a Ucrânia não possa se juntar à Otan quando está em guerra, mas repetiu que seria ideal se houvesse um convite para que Kiev se juntasse à aliança. Pelas regras da organização um ataque armado a um membro da Otan é considerado um ataque a todos.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da organização disse à imprensa que a Ucrânia está “mais perto da Otan do que nunca”. Segundo ele, o processo de adesão está sendo encurtado e a Ucrânia “se tornará membro”, mas evitou se comprometer com um cronograma.
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A respeito das queixas da Rússia sobre a aproximação entre Otan e Ucrânia, Stoltenberg disse que os aliados não permitirão que Moscou comece a decidir quem pode e quem não pode ser membro da Otan. “Cabe aos aliados da Otan e à Ucrânia decidirem quando se tornar um membro, Moscou não tem poder de veto sobre isso.”
Zelensky declarou que a Otan deu um sinal poderoso -, comparando as medidas à candidatura da Ucrânia para ingressar na União Europeia – para a Rússia de que seu país será um estado independente. Na terça-feira, antes do início da cúpula, o presidente ucraniana havia dito que seria um “absurdo” não serem definidos nem o prazo, nem o convite para a adesão da Ucrânia.
Zelensky está realizando hoje uma série de reuniões bilaterais com líderes da Otan para formalizar acordos de envio de armas e munições ao seu país, algumas de longo alcance.
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(Com agências internacionais)