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SÃO PAULO – O Brasil já registrou 225.836 mortes pela Covid-19. A média móvel diária de mortes no país ficou em 1.223 nos últimos sete dias.
Foram três recordes seguidos de média móvel diária de mortes, de sábado (27) até segunda-feira (1º). A variação é de +16% em comparação com a média móvel diária de mortes vista 14 dias atrás. Temos 40 dias seguidos com média móvel de mortes acima de 1 mil.
Já em número de casos, a média móvel diária nos últimos sete dias foi de 56.011 novos diagnósticos. É uma variação de +23% em relação aos casos registrados há duas semanas.
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Esses dados foram divulgados na noite de segunda-feira (2) por um consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de Saúde.
A tendência de alta em mortes e em casos, que não era vista desde 21 de janeiro, motivou que esses secretários pedissem medidas como um toque de recolher nacional e fechamento de bares, escolas e praias.
Governadores e prefeitos também estão se movendo: medidas de isolamento social foram decretadas nos estados, enquanto a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) lidera um consórcio para compra de vacinas contra a Covid-19.
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Secretários de Saúde pedem toque de recolher nacional
Na segunda-feira (1º), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou uma carta aberta à nação pedindo maior rigor nas medidas de restrição de atividades não essenciais.
Segundo a Agência Brasil, o Conass pediu a restrição total de circulação nas regiões onde a ocupação de leitos estiver acima de 85% e houver tendência de elevação no número de casos e mortes por Covid-19.
O conselho também defendeu a suspensão de aulas presenciais; a proibição de eventos presenciais como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e similares em todo o país; o fechamento de bares e praias; e um toque de recolher nacional de segunda-feira a sexta-feira, das 20h às 6h, e durante todos os finais de semana.
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O conselho pede o “reconhecimento legal do estado de emergência sanitária” e a viabilização de recursos extraordinários para o Sistema Único de Saúde (SUS), além da implementação de um plano nacional de comunicação, para reforçar a importância das medidas de prevenção.
Todas as medidas devem ser acompanhadas da adoção de trabalho remoto e do aumento da testagem contra a Covid-19, escreve o Conass.
“Entendemos que o conjunto de medidas propostas somente poderá ser executado pelos governadores e prefeitos se for estabelecido no Brasil um ‘Pacto Nacional pela Vida’, que reúna todos os poderes – a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio, das grandes instituições religiosas e acadêmicas do país – mediante explícita autorização e determinação legislativa do Congresso Nacional”, finaliza a carta.
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Prefeitos assumem compra de vacinas contra Covid-19
Segundo os dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa na segunda-feira, 6.770.596 pessoas receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19. O número equivale a 3,2% da população brasileira.
Governadores decretaram novas medidas de isolamento por todo o país. O estado de São Paulo, por exemplo, vê recorde de internações e de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e estuda ações mais restritivas à circulação.
Algumas regiões do estado já estão na Fase Vermelha do Plano São Paulo, atualmente a mais restritiva. Ela prevê manter em funcionamento apenas serviços considerados essenciais, como farmácias, mercados, padarias, açougues, postos de combustíveis e hospitais.
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Já os prefeitos estão criando um consórcio para a compra de vacinas contra a Covid-19. A ideia é que os recursos para a compra venham do próprio governo federal, mas não está descartado o apoio de organismos internacionais e da iniciativa privada, de acordo com o site de notícias G1.
O interesse está em qualquer vacina que possua aprovação da Anvisa ou de organismos internacionais, mesmo que o imunizante não esteja no escopo do Ministério da Saúde.
É o caso da vacina contra Covid-19 dos laboratórios Pfizer e BioNTech. O imunizante teve seu registro definitivo aprovado pela Anvisa, mas negociações com o governo federal não avançaram.
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O consórcio teve 100 manifestações de interesse em seu primeiro dia. O movimento é liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Os municípios devem fazer a adesão até sexta-feira (5).
A previsão é que a associação seja constituída legalmente até 22 de março, para então adquirir imunizantes contra a Covid-19.
Jonas Donizette, presidente da FNP, destacou ao G1 que “a orientação diante do cenário iminente de colapso da saúde é de que os prefeitos lancem mão de todos os instrumentos que têm para evitar a situação dramática de ter de escolher entre quem vai viver ou morrer”.
“Temos a palavra do ministro [da Saúde, Eduardo Pazuello] de que não faltaria dinheiro para a compra de vacinas. Se conseguirmos os recursos do governo federal, todas vão para o Programa Nacional de Imunização (PNI). Se não, os municípios que entrarem com cota de participação receberão doses proporcionais ao investimento que fizeram”, disse Donizette.
O presidente da FNP lembrou que, em caso de falha do PNI, municípios podem adquirir as doses e receber reembolso do governo federal.
Congresso conversará com governadores
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, vai se reunir com governadores nesta terça-feira, no horário do almoço. Segundo o G1, o encontro tratará do combate à pandemia.
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