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(Bloomberg) — Os resultados dos primeiros estudos sobre a ômicron são cautelosamente otimistas: embora vacinas como as da Pfizer e BioNTech sejam menos poderosas contra a nova variante do coronavírus, a proteção que oferecem pode aumentar com doses de reforço.
Estudos, incluído os da África do Sul e da Suécia, mostram que, como muitos temiam, a ômicron causa perda de proteção imunológica, mas não totalmente.
Em uma análise do plasma sanguíneo de pessoas que receberam duas doses do imunizante da Pfizer-BioNTech, os níveis de anticorpos bloqueadores do vírus foram 41 vezes menores em comparação com a cepa que circulava no início da pandemia.
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Já um estudo do Instituto Karolinska de Estocolmo entregou conclusões mais animadoras, principalmente que a queda dos anticorpos contra a ômicron é apenas um pouco pior do que no caso da delta (variante responsável pela maioria dos casos de Covid-19 em todo o mundo atualmente).
Os resultados traçam uma visão inicial e incompleta do potencial estrago que a ômicron pode causar. Os estudos têm pequena escala e por isso suas descobertas não são conclusivas.
E os dados não contam a história toda, porque os níveis de anticorpos são apenas parte da resposta do sistema imunológico contra o vírus. As células T — apelidadas de “matadoras” — também são importantes na proteção contra doenças graves e é mais difícil medir esse desempenho em laboratório.
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Os pesquisadores enxergam motivos para esperança. A perda de imunidade é “significativa, mas não completa”, disse Alex Sigal, pesquisador-chefe do Instituto de Pesquisa em Saúde da África em Durban, que apresentou os resultados do primeiro estudo na terça-feira.
“Um bom reforço provavelmente diminuiria a chance de infecção, especialmente a infecção que leva a doença grave”, disse ele.
Diante de sinais de maior transmissibilidade do coronavírus com a nova cepa, a Organização Mundial de Saúde alertou que a ômicron pode causar surtos com “consequências graves”.
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Ainda assim, o salto nos casos na África do Sul após o surgimento da ômicron não lotou os hospitais até agora, gerando um otimismo cauteloso de que a nova variante cause principalmente casos leves da doença.