Publicidade
Já faz um tempo que o crowdfunding se tornou uma forma muito potente de arrecadar doações. Com a promessa de democratizar o acesso a recursos para organizações e pessoas, o financiamento coletivo se divide em diversas modalidades. Entre elas, o matchfunding.
“O matchfunding é como se fosse o financiamento coletivo, só que turbinado. A gente até brinca que é a vaquinha mais sexy do Brasil. Você tem um projeto que pode ser de uma instituição, negócio ou pessoa que arrecada fundos no financiamento coletivo e tem, no matchfunding, algum parceiro multiplicando essa arrecadação. Às vezes é dobrando, às vezes é triplicando, depende muito do projeto, da parceira ou programa em que ele está participando”, afirma Tati Leite, empreendedora social, cofundadora da Benfeitoria, uma das plataformas mais tradicionais dentro do campo do crowdfunding social.
Ela foi a convidada do podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa, produzido pelo Instituto MOL com apoio de Movimento Bem Maior, Morro do Conselho Participações e Ambev, e divulgação do Infomoney, em episódio que explica o funcionamento do matchfunding e busca explorar suas potencialidades.
Continua depois da publicidade
O episódio ouviu também as experiências de Wagner Silva, coordenador de Fomento e Apoio a Agentes e Causas da Fundação Tide Setubal, e de Marco Augusto, coordenador da Companhia Voar Teatro de Bonecos. Ambos destacaram como essa modalidade de financiamento ajuda na visibilidade e validação das iniciativas.
“Esse tipo de campanha em que a empresa coloca uma parte do valor é muito positivo, tanto para quem está fazendo a campanha de arrecadação, como para a empresa (…). Cada pessoa que doa, cada pessoa que compartilha, cada pessoa que apoia, sabe que na outra parte tem uma empresa tão interessada quanto ela que aquele projeto saia do papel e vire realidade”, coloca Marco Augusto.
Um levantamento da organização norte-americana Double the Donation, que cria soluções para campanhas de matchfunding, indica que 84% dos funcionários estão mais propensos a doar quando o seu valor é dobrado pela empresa; e um em cada três doariam mais se rolasse esse “match”. No Brasil, uma pesquisa feita pela Benfeitoria identificou que 76% das pessoas que apoiaram projetos de matchfunding na plataforma foram influenciadas positivamente na decisão de fazer a doação justamente porque existia um “match”, ou seja, uma multiplicação do valor doado.
Continua depois da publicidade
“A gente advoga para os doadores saírem do armário e falarem de suas doações. Mas a verdade é que é muito diferente de falar: você tem várias escolhas de colocar o seu dinheiro em qualquer outro lugar, inclusive deixar no seu bolso, mas se você botar aqui, o seu impacto é dobrado. Isso é um argumento muito poderoso!”, conclui Tati Leite.