Estoque de crédito cai 0,3% em janeiro, para R$ 5,3 trilhões, diz BC

Volume de crédito para as empresas diminuiu 2,4% no mês, para R$ 2,1 trilhões; crédito para as famílias subiu 1,1%, para R$ 3,2 trilhões

Roberto de Lira

(Shutterstock)
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O estoque de crédito no Sistema Financeiro Nacional caiu 0,3% em janeiro, para R$ 5,3 trilhões, informou nesta segunda-feira (27) do Banco Central do Brasil.

O volume de crédito para as empresas diminuiu 2,4% no mês e alcançou R$ 2,1 trilhões, enquanto no crédito para as famílias houve crescimento de 1,1%, atingindo R$ 3,2 trilhões.

Na comparação interanual, o crédito total cresceu 13,6% em janeiro, ante variação de 14,0% captada em dezembro. Na mesma base de comparação, o saldo com as empresas desacelerou para 7,9% no primeiro mês de 2023, ante 9,0% no mês anterior.

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Em sentido contrário, o volume de crédito às famílias cresceu 17,8% nos doze meses até janeiro, comparativamente a 17,7% em dezembro do ano anterior.

Segundo o BC, o volume das operações de crédito com recursos livres para pessoas jurídicas somou R$ 1,4 trilhão em janeiro, o que representou um decréscimo de 3,5% no mês, mas uma expansão de 8,1% em 12 meses, desacelerando ante os 10,1% de dezembro.

O saldo do crédito com recursos livres às pessoas físicas totalizou R$ 1,8 trilhão em janeiro, mantendo a trajetória de elevação observada em meses anteriores, com incrementos de 1,1% no mês e de 17,6% em relação a janeiro do ano anterior

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Esse desempenho mostrou-se bastante disseminado entre as modalidades de crédito livre às pessoas físicas, segundo o BC, com destaque para o crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (2,5%), crédito consignado para trabalhadores do setor público (1,0%), cartão de crédito rotativo (4,0%), crédito pessoal não consignado (1,1%) e cheque especial (9,0%).

Já o volume de crédito direcionado atingiu R$ 2,2 trilhões em janeiro, com expansão de 0,5% no mês e de 14,2% comparativamente ao mesmo período do ano anterior.

O crédito direcionado às empresas diminuiu 0,3% no mês e cresceu 7,5% em doze meses, atingindo R$ 736,5 bilhões, enquanto o crédito direcionado às famílias totalizou R$ 1,4 trilhão, com avanço mensal de 1,0% e de 18,0% em doze meses.

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As concessões nominais de crédito somaram R$ 466,7 bilhões em janeiro. Nas séries com ajuste sazonal, o fluxo de contratações cresceu 5,5% no mês, com elevações de 1,2% para pessoas jurídicas e de 7,3% nas com pessoas físicas.

No desempenho interanual, as concessões nominais variaram 20,8% em janeiro, com incrementos de 18,8% nas contratações com empresas e 22,3% com as famílias.

Custo do crédito

O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do SFN, atingiu 21,9% ao ano, subindo 0,4 ponto porcentual no mês e 3,0 p.p. em 12 meses.

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No crédito livre não rotativo, o ICC situou-se em 28,2% a.a., estável em janeiro e com alta de 3,2 p.p. em 12 meses. Apesar da diminuição de 0,3 p.p no mês, o spread geral do ICC. acumulou elevação interanual de 0,9 p.p.

A taxa média de juros das novas contratações realizadas em janeiro atingiu 31,2% ao ano, com altas de 1,1 p.p. no mês e de 5,6 p.p. em doze meses. O spread bancário das novas contratações registrou elevou-se 1,2 p.p. no mês e 3,9 p.p. em doze meses, situando-se em 20,5 p.p.