Exportações da China caem 7,5% em maio, bem acima das expectativas

Consenso Refinitiv esperava uma queda 0,4% no mês; superávit comercial somou US$ 65,8 bilhões em maio, ante estimativa de US$ 92 bilhões

Roberto de Lira

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Em um novo sinal de que a China enfrenta problemas para manter seu ritmo de recuperação após o fim das restrições impostas pela pandemia no país, a Administração Geral de Alfândegas do país divulgou nesta quarta-feira (7) que as exportações chinesas caíram 7,5% em maio ante o mesmo mês do ano passado, após um alta de 8,5% em abril. O total de embarques na China em maio somou US$ 283,5 bilhões.

O consenso Refinitiv esperava uma queda bem menor, de 0,4% no mês.

Segundo o jornal South China Morning Post, esse valor das exportações é o segundo menor desde maio de 2022.

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As importações, por sua vez, caíram 4,5% em maio em relação ao ano anterior, para US$ 217,7 bilhões. O dado veio acima da queda de 7,9% de abril, mas ficou aquém da projeção de uma retração de 8%.

Com isso, o superávit comercial da China foi de US$ 65,8 bilhões em maio, ante US$ 90,2 bilhões em abril. O saldo positivo ficou bem abaixo dos US$ 92 bilhões esperados pelo consenso Refinitiv.

Zhang Zhiwei, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management disse ao jornal que as exportações fracas confirmam que a China precisa depender da demanda doméstica à medida que a economia global desacelera. “Há mais pressão para que o governo aumente o consumo doméstico no resto do ano, já que a demanda global deve enfraquecer ainda mais no segundo semestre”, afirmou.