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SÃO PAULO – A agência de classificação de risco Fitch anunciou, nesta terça-feira (28), revisões no cenário fiscal brasileiro em 2021.
A previsão de déficit primário, por exemplo, passou de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,5%. Já a relação dívida/PIB deve ceder de 88,8% em 2020 para 81,5% este ano (de 84,2% previstos anteriormente).
“As perspectivas fiscais melhoraram devido à forte recuperação das receitas e ao crescimento contido dos gastos”, apontou a Fitch.
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“O maior crescimento das receitas reflete o elevado crescimento do PIB nominal e um consumo maior de bens do que de serviços, sendo o primeiro mais tributado”, prosseguiu a agência, ponderando que a melhoria do desempenho de governos regionais também contribuiu para a melhora da percepção fiscal do País.
Para 2022, contudo, a agência pontuou a necessidade de melhorias fiscais. Os analistas lembram que o Auxílio Brasil é um projeto ainda sem detalhe de como será financiado e que há impasse também na questão do pagamento de precatórios.
Sobre o teto, a agência de risco alertou que as propostas políticas que o coloquem em risco “podem causar uma deterioração ainda maior nas condições financeiras”.
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A Fitch salientou ainda outros pontos de atenção para 2022, que será marcado por uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% este ano a 2% ano que vem, por causa do desaquecimento da economia da China, do aperto monetário do Banco Central (BC) e da seca.
“A incerteza política é ampliada pela aproximação das eleições em 2022. A incerteza em torno do processo e resultado eleitoral pode aumentar a volatilidade do mercado financeiro e pesar sobre o investimento, enfraquecendo o crescimento e aumentando os custos de financiamento do governo”, lembram.
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