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BRASÍLIA (Reuters) – O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou nesta quinta-feira a meta de inflação medida pelo IPCA para 2025 em 3,00%, com margem de tolerância de 1,50 ponto percentual para mais ou para menos.
A resolução do Conselho não previu alteração para as metas de 3,50% para 2022, 3,25% para 2023 e 3,00% para 2024, também com 1,50 ponto de margem, mesmo com a projeção para este ano apontando para o descumprimento do objetivo.
O colegiado é presidido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e composto também pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos, e pelo secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago.
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Em março, o presidente do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que uma mudança na meta de inflação para acomodar pressões geradas pelos choques recentes na economia teria “pouco a ganhar” em termos de credibilidade. Ele voltou a fazer a mesma avaliação em entrevista nesta quinta-feira.
Nos últimos anos, o Conselho Monetário implementou uma gradual redução da meta de inflação. O alvo partiu de 4,5% em 2018, caindo anualmente 0,25 ponto percentual até chegar em 3% em 2024, alvo repetido agora para 2025.
Com choques provocados pela pandemia de Covid-19 e mais recentemente a guerra na Ucrânia, a inflação saiu das rédeas do Banco Central.
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O índice fechou 2021 em 10,06%, bem acima do teto de 5,25%, e estouro deve se repetir neste ano, quando as mais recentes projeções do BC apontam para um IPCA de 8,8%. Mesmo para 2023, o Banco Central já sinaliza que tentará levar a inflação a um patamar em torno da meta, não exatamente em cima do alvo.
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