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A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2022 foi mantida em 2,7%, a mesma feita em setembro, segundo a mais recente edição do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME), divulgado nesta quinta-feira (17). As projeções para a evolução dos principais indicadores de inflação foram revisadas para baixo.
O documento revela também que a estimativa de crescimento do PIB para o terceiro trimestre deste ano é de 3,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Na comparação com os resultados do segundo trimestre deste ano, a projeção de crescimento do PIB com ajuste sazonal é de 0,4%.
A estimativa de crescimento do PIB para 2023 foi revisada de 2,5% para 2,1%. A redução de 0,4 ponto percentual na estimativa do PIB em 2023 resulta principalmente da piora no cenário externo desde a data-base da última grade, com aumento das taxas de juros internacionais e redução das expectativas de crescimento de economias desenvolvidas e emergentes, informa o documento.
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Para 2024, a estimativa de crescimento do PIB permaneceu em 2,5%, conforme apresentado nas Grades de Parâmetros anteriores.
Inflação
A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 6,30% para 5,85% para este ano. Os principais fatores para a alteração da projeção de inflação foram a redução dos preços administrados, menor pressão dos bens industriais e alimentos e estabilização dos preços de serviços.
Já projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi reduzida de 6,54% para 6,0%. Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), mensurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a projeção caiu de 9,44% para 6,11% em 2022. Tais comparações referem-se aos dados apresentados na edição de setembro do Boletim Macrofiscal.
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Houve também revisões nas projeções de inflação para 2023. Para o IPCA, a estimativa para o próximo ano passou de 4,5% para 4,6%. Para o INPC, a estimativa subiu de 4,86% para 4,90%. Para o IGP-DI, o índice projetado foi mantido em 4,55%.
Desemprego
O material da SPE destaca o recuo da taxa de desemprego para 8,7% da força de trabalho no terceiro trimestre, ou seja, uma queda de 3,9 pontos percentuais ante o nível do terceiro trimestre do ano passado, considerando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.
O documento ressalta, ainda, a continuidade da recuperação do emprego, com alta na população ocupada, diante do aumento em 12 meses de 6,3 milhões de novas vagas, tanto informais quanto formais, levando em conta informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP).
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Outros destaques da economia também são citados no Boletim Macrofiscal, como a alta de 3,8% na estimativa da safra de grãos (em relação à safra de 2021), conforme apontado pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE.