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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, voltou a destacar que a conjuntura internacional é marcada por juros altos em diversos países e repetiu a avaliação de que a desinflação global ocorre em dois estágios, sendo o segundo deles mais lento.
“A queda na inflação em diversos países não é tão grande em núcleos”, afirmou, citando a resiliência da inflação de bens e serviços e bens industriais. “Os núcleos de inflação das economias avançadas nem mostram arrefecimento, então você pensa os desafios do Reino Unido – ainda elevando os juros – dos Estados unidos e da Europa”, acrescentou, em palestra no Fórum Anual de Economia e Cooperativismo de Crédito.
Segundo o diretor, o movimento de queda nos preços das commodities é “bem heterogêneo”, decorrente da recuperação desigual da atividade em diversos países. O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) registrou queda de 0,77% em junho e acumulou redução de 12,27% no primeiro semestre de 2023.
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“A inflação está alta, espera-se uma desinflação ao longo do tempo ancorando de volta para a meta nos diferentes países em diferentes horizontes. Alguns países têm ancoragem para o centro da meta e outros para as bandas”, repetiu Guillen.
Mais uma vez, ele citou as revisões para cima nas projeções de crescimento de economias centrais em 2023, com movimento contrário – de revisões para baixo – nas estimativas para a atividade de 2024.