Há debate se desinflação de núcleos será mais lenta ou mais rápida, diz Guillen, do BC

Diretor do BC lembrou que a maioria dos países segue com expectativas de inflação acima de suas metas, mais caindo nos últimos meses

Estadão Conteúdo

 Diogo Abry Guillen
(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Diogo Abry Guillen (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, disse nesta sexta-feira, 1, que há um debate em diversos locais do mundo sobre a velocidade da desinflação de núcleos – se será mais rápida ou mais lenta – e sua relação com políticas contracíclicas. Ele lembrou que a maioria dos países segue com expectativas de inflação acima de suas metas, mais caindo nos últimos meses.

“Nos Estados Unidos, houve um pico da inflação de núcleos e, apesar de ter caído, ainda é incompatível com o atingimento da meta de inflação”, afirmou, em palestra no evento Barclays Day, em São Paulo.

O diretor do BC destacou que as taxas de juros ainda estão próximas de seu nível máximo na maioria dos países, mas em muitos deles a expectativa é de flexibilização ao longo de 2024.

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“Há debate se a alta de juros de dez anos dos Estados Unidos está relacionada ao fiscal de curto prazo, ou se a taxa neutra mudou. Se a taxa neutra americana mudou, haverá um impacto maior nas condições financeiras”, completou.