IFI mantém as projeções de IPCA de 5,6% em 2023 e de PIB crescendo 0,9%

Expectativa para o déficit primário em 2023 foi revisada de R$ 118,3 bilhões, ou 1,1% do PIB, para R$ 125,0 bilhões (1,2% do PIB)

Roberto de Lira

(Getty Images)
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A Instituição Fiscal Independente (IFI) manteve suas projeções tanto para a inflação como para o PIB em  2023, de acordo com o Relatório de Acompanhamento Fiscal de março, divulgado nesta quarta-feira (15). O IPCA para este ano deve subir 5,6% e a atividade econômica está prevista para crescer apenas 0,9%.

A Instituição Fiscal Independente comenta que, em vista da perspectiva de desaceleração da atividade econômica, espera-se que o PIB continue evoluindo abaixo do nível potencial ao longo do ano.

No entanto, o PIB deve voltar a crescer neste primeiro trimestre, impulsionado pela forte produção de grãos, que deverá mais do que compensar a queda nos outros setores.

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Para 2024, a projeção de crescimento do PIB também foi mantida, em 1,4%.

Já a projeção para a inflação no ano não sofreu alterações porque a estimativa feita em fevereiro pela IFI já contemplava a reoneração dos combustíveis.

Cenário fiscal

A desaceleração esperada na atividade econômica doméstica nos próximos meses, eventualmente potencializada por um mercado de crédito mais restritivo, constitui um risco para a trajetória das receitas do governo em 2023, avalia a IFI.

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Entre fevereiro e março, a expectativa para o déficit primário em 2023 foi revisada de R$ 118,3 bilhões (1,1% do PIB) para R$ 125,0 bilhões (1,2% do PIB) devido ao aumento na projeção da despesa em 0,1 ponto porcentual do PIB. Pelo lado da despesa, devem trazer impacto as despesas criadas com a PEC da Transição.

Para 2024, a IFI projeta déficit primário de 1,0% do PIB, também influenciado pela revisão para cima no crescimento das despesas primárias, de 0,2 p.p. do PIB.

Para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), a IFI estima que uma elevação para 78,6% do PIB ao fim de 2023 e a 81,6% em 2024.

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Segundo a Instituição, para estabilizar a dívida bruta em 73,1% do PIB (nível do indicador em janeiro de 2023), seria necessário um superavit primário de 3,6% do PIB.

“No médio prazo (2024–2031), considerando um crescimento real médio da economia de 1,9% e juros reais implícitos da dívida de 3,9% anuais, seria necessário um superavit primário de 1,5% para manter a DBGG estável em 73,1%”, comenta a IFI em nota.